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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

domingo, 11 de setembro de 2016

Mozart


Junto com Beethoven, Mozart foi o maior gênio da historia da musica em todos os tempos, porque, como Beethoven, explorou varios generos e escreveu obras-primas em mais de cinco gêneros diferentes.

Por que Mozart é tão execrado pelos fãs de Beethoven?
A graça e a virtuosidade de um estilo ágil, elegante e requintado impediram os ouvintes superficiais, e que projetam precisamente essa superficialidade sobre o seu objeto de reflexão e apreciação (a belissima música de Mozart), de verem que a elegância era aqui o véu do pudor, o requinte, uma astúcia da sensibilidade, o ser maleável.
As sutilezas de entrelaçamentos poéticos dissimularam a profundidade da meditação que se inscrevia exatamente através do jogo de entrelaçar-se. Esse tipo de visão superficial é também lançada, de forma injusta, sobre diretores peculiares, como, por exemplo, Federico Fellini ou Max Ophuls.

Mozart compôs mais de duzentas obras de câmara (eu disse DUZENTAS!!!). Cem são composiÇões substanciais (quintetos, quartetos, sonatas, etc). Só isso já é, por si, extraordinário. 
Mais de 40 obras de cámara entre essas é da mais alta qualidade. 
Destaco aqui: quarteto para oboé, quinteto para clarineta, seus quartetos para cordas nada alegres e seus quintetos para cordas. A maior música de câmara de Mozart e mais sublimes de todas as suas composições são o Divertimento K563 e os seus Quintetos para cordas.

O segredo desses quintetos é que Mozart escrevia a parte da viola para ele tocar. Ele escreveu para ele essas obras. Ele criou uma linguagem interna bem prolixa.

Quanto as sonatas para piano, Mozart escreveu pelo menos unas 5 obras primas dentare as 17 obras.

O mesmo ocorre com os concertos de Mozart. Os concertos para piano são os melhores. Os últimos dez concertos são uma obra prima. os de numero 20, 22 e, sobretudo o 24 são os mais assombrosos.

Fora o piano, os concerto para clarineta e a Sinfonia Concertante são suas obras maiores no gênero. O quinto concerto para violino é sua única obra prima escrito para este instrumento, em se tratando de concerto.

As sinfonias de Mozart foram escritas para puro entretenimento. Mas as últimas 39, 40 e 41 são uma tríade sinfônica genial, do nível do melhor de Haydn.

Música vocal de Mozart não tem de alto nível. Só ópera. Mesmo assim, escreveu o Requiem, a belissima Missa em Cm e a Missa da Coroação, além do importante moteto Ave Verum.

Quanto às Óperas, Idomeneo, a mais magnifica de suas grandes óperas, é a primeira da lista.
Temos grandes obras primas, como O Rapto do Serralho, As Bodas de Figaro, Don Giovanni, Cosi Fan Tutte e Flauta Magica, todas fortes no cardápio das grandes óperas espalhadas pelo mundo.

Então Mozart dominou a ópera, escreveu algumas obras primas em formato de missa, escreveu várias obras primas de câmara, algumas sinfonias, dominou os concertos, superando cinco gêneros. Ninguém escreveu tantas obras primas em tamanha quantidade de gêneros diferentes, só Beethoven.

texto: Denison Souza Rosario

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Resenha Star Wars 7


Este é o sétimo capítulo da saga cinematográfica e é uma sequência da trilogia original (Uma nova esperança, O Império contra-ataca e O retorno de Jedi). A segunda trilogia existiu apenas para mostrar a origem de Darth Vader e nada mais. 
 
Em O despertar da Força, a República voltou a ter o controle da situação, mas o surgimento da Primeira Ordem proporciona o retorno dos Siths na saga. Para combatê-los, foi criada uma resistência liderada pela ex princesa Leia, agora uma coroa com titulo de General, cuja missão primordial é encontrar Luke Skywalker, que, após falhar na tentativa de reconstruir a ordem dos Jedi, se isolou em um lugar desconhecido. Não fica bem claro esse treinamento do filho de Han Solo por Luke, na verdade, a história deixa uma fenda diante de nós. 

A partir desse episódio percebi algo inédito que nunca tinha pensado: a saga não é sobre os Sith contra os Jedi ou sobre o Império contra a República; a saga trata apenas da familia Skywalker, dos seus membros que hora ficam do lado escuro, hora do lado da luz. 

Mas qual a relação da Primeira Ordem com o Império e quem Rey é na verdade? 
Eu aposto que ela é filha de Luke, uma vez que todo personagem importante tem de ter uma ligação sanguinea com o maldito Anakin Skywalker. 
Na minha opinião a Primeira Ordem foi fundada pelo Supremo Líder Snoke (Andy Serkis, conhecido por seus trabalhos em O Senhor dos Anéis), que muito fã não sabe, mas, ele foi o mestre do Imperador Palpatine no passado, na época conhecido como Darth Plagueis. Foi assassinado a machadadas pelo proprio discipulo enquanto dormia, por isso Lord Snoke tem marcas horriveis na testa e rosto em seu holograma gigantesco. No Retorno dos Sith, o senador Palpatine fala a Anakin sobre seu antigo mestre Darth Plagueis, que ele havia conseguido dominar a morte, portanto se tornou imortal. É preciso ficar atento à essas dicas dos filmes anteriores pra entender os subsequentes. 

Observei que os novos personagens são apresentados de uma maneira muito semelhante ao do primeiro filme. A aventura possui vários paralelos narrativos e rimas visuais, quase como um espelho dos acontecimentos de Uma nova esperança.
Só para ficar em alguns exemplos: o robô BB-8 desempenha o mesmo papel de R2-D2, carregando uma mensagem escondida que precisa ser recuperada; a jornada de uma personagem alheia ao confronto que vive em um planeta deserto e repentinamente se vê envolvida no conflito; cena em um bar alienígena; e a ameaça de uma estação bélica, mas que aqui se chama Starkiller, e não Estrela da Morte.
Isso, somado ao estilo único de corte de cenas, retorno de antigos atores, trilha sonora e outras características próprias da saga, reforçam ainda mais a sensação de nostalgia presente no filme.
Dessa maneira, o desenvolver da trama fica de certa maneira previsível, com a exceção de um grande e surpreendente momento envolvendo um personagem novo e outro antigo: o assassinato de Han Solo pelo próprio filho. 

Mas o mais legal mesmo desse novo capitulo foram:
1. A aparição das icônicas naves X-wing agora em cor sombria, escura. Achei irado!!! 
2. Outra coisa foi o fato dos soldados da Primeira Ordem terem formas diferentes de lutar, com armas mais sofisticadas. 
3. A atuação maravilhosa de Max Von Sydow, famoso ator dos filmes de Ingmar Bergman. 
4. A aparição sombria da oficial da Primeira Ordem, a Capitã Phasma. Ela é uma personagem importante e uma vilã com ótimo visual. A Capitã Phasma participa de uma cena que é um dos easter eggs do filme. 
5. O novo sabre de luz do vilão Kylo Ren nesse novo episódio está bem mais interessante que o do Darth Vader. 

Achei uma sacada inteligente R2-D2 complementar a mensagem incompleta do robô novato BB-8 e, sobretudo, com a aparição do velho robozinho a confirmação do que eu sempre disse aqui: o robô R2-D2 é o único personagem que aparece em TODOS os episódios da saga. 

Aliás, é o unico episódio em que há uma luta de sabre e ninguém acaba morrendo. 

Mas o destaque vai mesmo para os estreantes Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac e Adam Driver. Os quatro tinham a tarefa de se tornar os novos rostos para carregar a franquia adiante e se saíram muito bem. Aliás, é interessante notar como o trio de heróis foge do padrão ao apresentar uma mulher, um homem negro e um latino, reflexo da diversidade cada vez mais presente no mundo contemporâneo, roupagem já usada em Star Trek desde o inicio. 

Resenha: Denison Souza