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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

os melhores discos de Caetano Veloso

Os melhores discos de Caetano:

Os mais comerciais e agradaveis são três:

Cinema transcendental (Lua de Sao Jorge, Oração ao tempo, Beleza Pura, Menino do Rio, Trilhos Urbanos),

o disco Estrangeiro (O Estrangeiro, Meia Lua inteira, Os outros romanticos, Jasper)

e Bicho (Odara, Leaozinho, Um indio, Two Naira Fifty Kobo, Gente, Tigresa);

Os mais experimentais:
Araça Azul é o mais experimental e psicodélico. Depois vem Joia e Transa, formando uma tríade experimentalista absurda, não deixando espaço para música tocável em rádio. São discos para serem degustando por inteiro. Discos conceituais.
Noites do Norte é muito doido também. Também um disco sem um hit; disco para se ouvir por inteiro.

Os que juntam as duas caracteristicas; experiência musical e comercialismo:

Velô é o melhor disco que mistura o experimentalismo de Caetano com sua capacidade de fazer musica comercial. Aqui estão músicas geniais, como Língua, Podres Poderes, Pulsar, O Quereres e Shy Moon.

Outro disco nessa linha é Cê, que tem como vitória não possuir nenhum hit adorável, mas ser um disco psicodélico ouvível. Gosto muito de Rocks e Herói.

E tem também o aclamado disco Circuladô nessa mesma linha.

Clássicos como Superbacana, Tropicália, Alegria, alegria e Soy Loco por ti America do primeiro disco de Caetano, de 1968, fazem desse disco um dos melhores dele.

Merece nosso crédito aqui também o disco Fina Estampa, onde Caetano resgata canções em espanhol.

Fora esses discos, os meus prediletos, tem uma ou outra canção de Caetano que acho interessante em outros discos, tipo as canções Eclipse Oculto, Sampa, A Luz deTieta, Luz do Sol, Livros, Não Enche, Outras palavras ou Você não me ensinou a te esquecer

RE-ASSISTI HOJE BROADWAY DANNY ROSE

Assisti hoje no Telecine Cult pela segunda vez a Broadway Danny Rose, de 1984. Há décadas não via a esse filme. É muito legal o roteiro...a historia de um agente de talentos que é enganado pelo cantor italiano e pela sua amante é muito legal.

Outro filme muito bom, de Woody Allen, que envolve a máfia, é de dez anos depois: Tiros na Broadway, de 1994.

Resumindo, Woody Allen...os anos 60, já vi todos os filmes, são muito pastelões. Não gosto.

1. Os melhores filmes dele da década de 70 são 3 apenas:

Noivo neurótico, Noiva nervosa, de 1977, em primeiro lugar.
Depois, Manhattan , de 1979 e Tudo que você queria saber sobre sexo, de 1972.

2. Nos anos 80, sua melhor fase:

O melhor filme é Hanna e suas Irmãs, de 1986.
Mas, é uma década repleta de obras-primas: Broadway Danny Rose é dessa época...de 1984. Tem também A Rosa Púrpura do Cairo, de 1985...um filme poético, muito bem feito.
Além de A Era do Radio e Setembro, ambos de 1987;
A Outra, de 1988, é um dos meus prediletos;
Crimes e Pecados, de 1989 e Memórias, de 1980; só vi esse filme uma vez e adorei.

3. Anos 90:

É a época de filmes excelentes e bem aceitos na crítica, como Maridos e Esposas; Simplesmente Alice; Tiros na Broadway (prá mim, um dos melhores de todos os tempos, parecendo um pouco com Broadway Danny Rose);
Desconstruindo Harry; Celebridades;
Poucas e Boas (prá mim, a última grande comédia de Allen, feita em 1999, as mulheres adoram este filme...adoram...arrisque assistir com uma);
Mas, também é a década de Todos Dizem eu te Amo, o primeiro e único musical de Woody Allen. Eu acho muito bem feito.

Novo Milênio:
Allen caiu muito aqui nesta década. Ele está tão fraco quanto nos anos 60. Talvez apenas um filme de 2005 se salve: Matchpoint (Ponto Final); é um drama bem construído e bem dirigido. Eu gosto.

A quem interessar, o link de uma bela crítica do filme Broadway Danny Rose.

http://mais.uol.com.br/view/1hjuf7gjt6ko/sugestao-do-critico-broadway-danny-rose-04029A3964D8A113C6?types=A&


Denison

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SOBRE A OBRA DE DJAVAN

Luz e Seduzir, os melhores discos de Djavan
Conheci Djavan, através de meu irmão Deilton, nos anos 80, graças aos discos Luz e Seduzir. Sempre fiquei fascinado por esse disco: Seduzir! O melhor disco jamais gravado por um nordestino. Aqui, Djavan cria uma obra-prima à altura de um Luiz Gonzaga e prova ser um gênio da MPB. O que me fascina é a mistura bem feita de jazz, samba e música africana. Os ritmos sincopados e melodias quebradas, os instrumentos inusitados e as letras geniais, além, é claro, da notória voz do mestre alagoano. O próprio Djavan escreveria em seu encarte: "O pouco que aprendi está aqui. Pleno. Dos pés à cabeça".
O disco Luz é ainda hoje o disco que mais contém hits de Djavan e, com certeza, é o melhor disco dele, junto com Seduzir. Foi gravado nos Estados Unidos.
Lilás, o pior de todos
Lembro que quando Deilton apareceu com o disco Lilás, logo em seguida, eu me decepcionei com Djavan. Não identifiquei aquela pureza que existia em Seduzir. Senti que Djavan havia se deixado influenciar por ritmos diversos demais e, sobretudo, o funk tornou sua música mais comercial. É um disco muito eletrônico, nada regional, nada acústico, gravado nos Estados Unidos também e quase nada brasileiro. Eu não gosto de Lilás e minha falha foi deixar Djavan de lado durante muitos anos devido àquele péssimo disco.
Meu Lado, um retorno ao Brasil
Se eu tivesse conhecido Meu Lado, o disco depois de Lilás, não teria parado de pesquisar Djavan. Esse disco foi gravado no Brasil. Meu lado, além do retorno, é também um recomeço. Uma volta ao samba, já com estilo musical identificado pelo público, mas também um passeio por baiões, canções e baladas. Jogada inteligente de Djavan. Não há nenhuma música em destaque, assim como seu disco Novena, mas, é um bom disco. Não é marcante, mas, há um retorno à língua africana. É um disco sincero, coisa que Lilás não é. Só conheci recentemente. O disco que veio a seguir Não é Azul, mas é Mar não é um disco memorável. Djavan só iria chamar de novo atenção com seu disco Oceano.
Os primeiros três discos de Djavan
Agora, passado bastante tempo, pesquisando sobre o antigo mestre alagoano, descobri sua fase inicial, um pouco mais imatura, mas, tão boa quanto o disco Seduzir.
Foram três discos espetaculares lançados antes de Seduzir, meu disco predileto de Djavan, junto com Luz. Os três discos foram Djavan de 1976 e outro disco com mesmo nome de 1978. O terceiro é Alumbramento, um disco espetacular.
No primeiro disco está um grande carro-chefe...uma música que mostra de cara para quê ele veio...Flor de Liz, um samba marcante...memorável!!! Fato Consumado também é uma obra marcante. Na verdade, os três discos iniciais de Djavan são magníficos e bem sambísticos. Merecem ser conhecidos de seus fãs.
O segundo disco, mais maduro que o primeiro, nos apresenta a canção de abandono Dupla Traição, que já é um ensaio para obras-primas como Morena de Endoidecer e Faltando um Pedaço, do excelente disco Seduzir. Um disco agradável.
No terceiro disco, chamado Alumbramento, há as primeiras obras-primas realmente sérias de Djavan...obras magníficas como Meu Bem Querer, Alumbramento e Lambada de Serpente. Na faixa de abertura Tem Boi na Linha já percebemos o Djavan de Seduzir. Este disco também inaugura o hábito de Djavan de compor em dupla.
Percebi que esses três discos iniciais, junto com Luz e Seduzir, formam a fase clássica de Djavan, a que mais me identifico.
Oceano 1989
Mas, não é só de passado que vive a genialidade de Djavan. Discos maravilhosos depois do fraco Lilás foram lançados nos anos 80. Oceano é um disco quase perfeito...Curumim, a faixa de abertura, talvez seja a canção mais genial de Djavan, digna de estar no disco Seduzir...a faixa Oceano fez muito sucesso...é comercial, mas, é uma música belíssima e bem feita. Em Corisco, percebemos o Djavan dançante, comercial demais, típico de Lilás...que eu, particularmente, não sou muito fã. A faixa Cigano é bem experimental, apesar de dançante; acho uma bela faixa. Aquela bela mistura de samba com jazz está lá presente na faixa Avião. É um disco meio bom, meio fraco...Mal de mim, por exemplo, é uma boa balada no estilo Djavan.
Coisa de Acender 1992
Um disco sério, nublado...a primeira faixa já revela a nebulosidade do disco inteiro. Um disco maduro. Nunca Djavan começou um disco com uma música tão outonal. Não é à toa que há uma faixa chamada Outono . E as faixas seguintes seguem essa linha. Somente em Baile, uma música dançante, o clima frio é cortado. Mas, Baile é uma canção fraca. A faixa Linha do Equador é bela e tocou muito no rádio, e foi feita em dupla com o genial Caetano Veloso. Eu gosto deste clima outonal de Coisa de Acender, esse disco introspectivo...apesar da faixa Se..., que eu considero a pior música que Djavan já compôs.
Novena 1994
Mas, é Novena o melhor disco dos anos 90 de Djavan. Diria até que é o terceiro melhor disco, depois de Luz e Seduzir. O disco todo é genial e há pouco o que se falar. O primeiro inteiramente composto, produzido e arranjado por ele. Aqui há uma volta às suas origens e surge uma música mais sincera, menos comercial, sem precisar deixar as boas influências americanas. É um disco genial, genial mesmo. Diria até intelectual. A faixa Avô é uma das faixas mais sérias e de letra mais rica de Djavan. Disco experimental, genial. Foi o único Cd de Djavan que comprei. Tomei um susto quando ouvi essa obra-prima. É emocionante ver Djavan voltando a fazer boa música de novo.
Malásia 1996
É o predileto de Aline. É um disco perfeito. Todo agradável. É o primeiro disco que Djavan grava músicas que não foram composta por ele. No caso aqui são três músicas de outrem. É um ensaio para o disco Ária, que ele grava só com músicas dos outros. As músicas que foram composta por Djavan em Malásia são sóbrias, maduras, serenas. Mesmo uma música dançante como Deixa o Sol Sair, se revela, aqui em Malásia, menos comercial, menos dançante e mais pensante. Um samba funkiado sofisticadíssimo. A faixa experimental Malásia resgata a africanidade em Djavan, de Seduzir. Mas, aqui a sofisticação psicodélica vai longe. Mesmo a última canção Tenha Calma é uma obra espetacular. Aqui neste disco o naipe de metais foi acrescentado de forma espetacular à banda. Se tornou o meu quinto disco predileto de Djavan. Nada mais a acrescentar desta bolacha djavanesca que corre naturalmente como uma correnteza (título da canção de Tom Jobim que está neste disco).
Milagreiro, raíz total
Depois de Bicho Solto, um disco dançante e fraco, e depois de finalizar o século XX com um merecido AO VIVO, Djavan lança aquele que eu considero o quarto melhor disco de toda sua carreira. Milagreiro é um retorno musical à sua Alagoas, mas, também foi gravado lá. É o disco mais puro e genuino de Djavan. Uma afirmação de sua nordestinidade.
Depois de Milagreiro, apenas a confirmação de seu talento
Os discos lançados no século XXI, depois de Milagreiro, apenas confirmam o talento de Djavan e sua independência, uma vez que agora a gravadora é sua. Mas, não vem em nada acrescentar o que foi feito anteriormente.

Os melhores:
1. A fase Clássica – 5 primeiros discos
Com destaque para Seduzir e Luz
2. Novena
3. Milagreiro
4. Malásia
5. Coisa de Acender
6. Oceano

domingo, 28 de novembro de 2010

O LIMITE DE EXPRESSÃO DE QUEM LÊ POUCO

O ser sociável é construido a partir da palavra. Se ele não mantém o hábito de leitura, ele não vai saber reivindicar, nem convencer, nem argumentar de forma eficiente. O sujeito que não lê possui menor gabarito, portanto, menor leque de opções de palavras para a sua exposição oral.

Não ter leitura é limitador. Saber escrever, ler e falar, liberta. O brasileiro precisa adquirir o bom hábito da leitura, como acontece em cidades como Buenos Aires, Madri ou Paris...onde a quantidade enorme de pessoas lendo qualquer coisa nas ruas, nos metrôs, nos cafés, assusta.

Um país melhor se faz por pessoas que tem o hábito de ler. Pois, daí surge o falar melhor, o escrever melhor...o ler cada vez melhor.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Os lugares mais interessantes para se visitar - para pessoas ligadas à cultura, literatura, música e artes plásticas

Em primeiríssimo lugar, a Itália.

E por quê?

Porque lá estão Roma, Florença e Veneza. É preciso que se saiba que, para a alta sociedade européia (sobretudo inglesa e francesa), a educação de um nobre jovem ou de um artista de talento deveria, obrigatoriamente, incluir uma temporada nestas três cidades. Mas por quê? O que elas têm demais?

Roma:

Primeiro, Roma sempre foi a capital da ópera;
Segundo, Roma é o maior arquivo vivo a céu aberto da arte clássica, pois foi capital do Antigo Império Romano. Será sempre referência, quando se trata do estilo clássico;
Outro motivo...Roma é uma das capitais cinematográficas mais respeitadas do mundo;
Roma é o berço da arte barroca, portanto os maiores exemplos do gênero estão em Roma;
Roma abriga o Vaticano. Os papas foram os maiores mecenas artísticos por muitos séculos;
Roma tem o maior acervo renascentista de todo o mundo, depois de Florença.

E por que Florença é um dos lugares mais interessantes para pessoas ligadas à cultura, literatura, música e artes plásticas visitar?

Simplesmente porque Florença foi o berço do Renascimento nas artes e do Humanismo.

E por que Veneza?

Primeiro, porque Veneza criou a Bienal Internacional de Arte. Todo mundo imitou;
Segundo, porque a música erudita instrumental nasceu em Veneza;
Outro motivo...Veneza criou o primeiro Festival de Cinema. Todo mundo imitou;
Em Veneza estão os maiores violinistas do mundo;
Veneza é o único sítio italiano onde o medieval gótico não imita o estilo francês, portanto a arquitetura gótica está representada de forma original, ou seja, da forma veneziana;
A luz de Veneza é diferente de qualquer outro lugar e isso sempre atraiu inúmeros pintores;
Depois...em Veneza nasceram os maiores artistas maneiristas italianos.

Em segundo lugar, Paris.

E por que Paris?

Porque em Paris – na escola de Notre Dame - nasceu o contraponto musical;
Porque Paris é a cidade mais visitada do mundo. Todo mundo quer ver Paris;
Outro motivo...Paris sempre foi a capital da literatura. Todo grande escritor quer escrever em Paris;
Porque, no século XIX e primeira metade do séc XX, Paris tomou a coroa da Itália e se tornou o centro cultural da Europa, onde todas as escolas artísticas importantes nasciam;
Porque Paris é um centro cinematográfico mundial respeitado, foi o berço do cinema;
Outra...Paris foi centro de importantes discussões entre intelectuais de ponta;
Por que Paris? Porque Paris foi berço da arte gótica, durante a Idade Média;
Porque em Paris está o Louvre, o maior e mais completo museu do mundo.
Porque em Paris nasceu a fotografia. Inclusive, a fotografia como arte;
Porque Paris é respeitada como centro musical importante, onde o balé, a música de cabaré, os poemas sinfônicos e os recitais de piano mais importantes foram apresentados primeiro.

Em terceiro, Londres.

Por quê?

Porque em Londres, apesar de seus artistas não serem tão criativos quanto os italianos e franceses, nasceu o espírito investigativo, as expedições em busca de obras-primas, etc. O resultado disso é que Londres abriga importantes museus indispensáveis para maior compreensão da História da Arte, como o National Gallery, o Museu Britânico e o Tate Gallery, por exemplo.
Porque em Londres a música coral atingiu o seu ápice;
Porque Londres é uma grande capital da música. Suas orquestras são respeitadas no mundo inteiro e seus musicais só perdem para os da Broadway;
Porque Londres foi berço de uma revolução social que a colocou em lugar destacado no gênero da música pop de alto nível, gerando bandas como The Beatles ou Rolling Stones;
Porque Londres sempre foi rica, poderosa, investigativa e educada, logo atraiu artistas de alto gabarito, como Haendel, Tintoretto, Haydn, etc.

Em quarto lugar, Nova York.

Por que Nova York?

Porque Nova York se tornou o centro do mundo depois da segunda guerra mundial, mas já possuía prestígio desde o século XIX. Ser o centro cultural internacional atraiu todos os grandes artistas e intelectuais do mundo para a sua ilha;
Porque Nova York abriga a Broadway, líder absoluto em musicais;
Também em Nova York, depois de Pollock e da Pop Art, as escolas mais importantes surgiram lá e não mais na Europa apenas;
Por que Nova York possui museus, como o Metropolitan e o Moma, importantes para a compreensão da História da Arte;
Porque a maioria dos filmes do mercado mundial é filmada em Nova York;
Porque em Nova York se encontra de tudo em literatura, cultura e arte;

Quais outros lugares são interessantes, além destes antes citados?

Viena (Áustria), por ter sido centro mundial da música erudita por todo o século XVIII, XIX e primeira metade do séc XX, gerando a célebre Escola Clássica e a segunda escola de Viena, chamada de Dodecafônica, atraindo todo e qualquer compositor de alto nível;
Também porque Viena não se industrializou, portanto manteve-se uma cidade palaciana, manufatureira, pitoresca e voltada para a cultura e as artes;
Também porque os museus de arte de Viena guardam tesouros importantes para a compreensão da História da Arte mundial.

Atenas (Grécia), devido à cultura e arte gregas.

Cairo e Alexandria (Egito), devido à cultura e arte dos antigos egípcios.

Ravena (Itália), porque é o berço da arte cristã primitiva no Ocidente, sendo o maior acervo de mosaicos do mundo e da arte bizantina fora da antiga Constantinopla;
Em Ravena também se tem exemplares magníficos e raros da arte medieval românica presentes na arquitetura religiosa.

Washington DC (USA), porque toda a cidade é um grande exemplo da arquitetura neoclássica e abriga o mais importante museu da América: o National Gallery de Washington, com obras-primas fundamentais para a compreensão da História da Arte. Este museu é um dos mais importantes do mundo, rivalizando até mesmo com os museus da Europa.

Claro que, além destes lugares altamente culturais, pode-se visitar Madrid, por causa do Museu do Prado, Barcelona, por causa das obras de Gaudi, Miró, Dali e Picasso, Berlim, devido aos seus importantes acervos de obras de arte, suas orquestras e sua cultura literária magnífica, Istambul, devido à arte bizantina, São Paulo, por causa do MASP, México, devido às ruínas dos Maias e Astecas, Peru, por causa dos Incas, Los Angeles, por causa de Hollywood, etc, etc, etc...mas, aí fica para depois...

O basicão mesmo é Roma, Florença, Veneza, Paris, Londres e Nova York.

Os Maiores gênios

( Critério de Seleção : Denison S. Rosario )
______________________________

Idade Antiga


Filosofia: Sócrates, Lucius Sêneca, Platon e Aristophaus.

Arquitetura: Imhotep, primeiro arquiteto não-anônimo, além de Ictinos e Calícratos, que são os mais importantes.

Escultura: A Idade antiga nos deu Miron, Polícleto, Praxíteles, Lísipo e o maior deles...Fídias, o criador de uma das 7 maravilhas do Mundo, a Estátua de Zeus.

Artes Plásticas: Polignoto, Apeles, Zeuxis, Farnásio e o mais notável, Apolodoro.

Literatura: Grega: Sóphokles e Eurípedes ( os maiores gênios dramáticos da Humanidade até Shakespeare ), Homeros, Hesiodos, Pindaros, Herodotos, Musaios, Heliodoros, Achilleus Tattos, Lukianos, Plutarchos, Apollonios Rhodios, Theokritos, Kallimachos, Meandros.

Romana: Titus Plautus, Terêntius, Lucretius, Catullus, Naso Ovidius, Flaccus Horatius, Tibullus, Sextus Propertius, Phaedrus, Petronius, Haccus Persius, Marcus Lucanus, Publius Statius, Cornelis Tacitus, Marcus Aurelius.

Música: não há destaques.


Idade Média


Filosofia: Pedro Abellardo, Tomás de Aquino, Duns Scoto, Erigena, Guilherme de Ockham, S. Anselmo, S. Boaventura, Guillaume d’Auvergne, Siger de Brabant, Duns Scot, Alberto Magno e Rogério Bacon.

Arquitetura: Giorgio Vasari Vidas, Antêmio de Tales, Vassalleto, Buscheto, os Pisano’s, Lando di Pietro, Jean de Chelles, Robert de Luzaches, Pierre de Montreuil, Lorenzo Maitani, Antonio di Vincenzo e Isidoro de Mileto.

Escultura: Os Pisano’s, Guglielmo, Guido Bigarelli e Di Balduccio.

Artes Plásticas: Pietro Cavallini, Duccio di Buoninsegna, Cimabue, Simone Martini, os Lorenzetti’s, o pioneiro setentrional Robert Campin, os Limbourg’s, Gentile da Fabriano, Antonio Pisanello, Sassetta e o grande artista ocidental Giotto. Gótico tardio: Van Eyck, Van Der Weiden, Van Der Goes, Hans Memling, Dieric Bouts, Gerard David, Bosch e Grunewald.

Literatura: Guilherme de Orleãs, François Villon, Geoffrey Chaucer, Walther Van Der Vogelweide, Ghilherme de Sorris, Giovanni Boccaccio e Dante Alighieri.

Música: Leonin, Perotin, Guillaume de Machaut, von Bingen, Philippe de Vitry, Marchetto de Pádua, Francesco Landini, Johannes Ockeghem, Dunstable, Dufay.

Idade Moderna


1. Renascença


Filosofia: Maquiavel, Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campanella, Montaigne, Erasmo, Jean Bodin, Kepler, Nicolau de Cusa, Morus e Lutero.

Arquitetura: Alberti, Brunelleschi, Bramante, Palladio, Rafael e Michelângelo.

Escultura: Ghibert, Donatello, Buonarroti, Della Robbia, Verrocchio e o maior dentre eles, Michelângelo.

Artes Plásticas: Renascença Italiana: Massaccio, Masolini da Panicali, Domenico Veneziano, Di Paolo, Ucello, Fra Angelico, Filippo Lippi, Botticelli,
Piero di Cosimo, Piero Della Francesca, Mantegna, Bellini, Antonello da Messina,
Del Cossa, Carpaccio.
Alta Renascença: Leornardo da Vinci, Rafael, Michelângelo, Ghirlandaio, Luini e Perugino; Veneza – Giorgione, Ticiano, Tintoretto e Paulo Veronese.
Maneirismo Italiano: Rosso, Pontormo, del Sarto, Bronzino, Correggio, Parmigianino, Dosso Dossi, Lorenzo Lotto, Beccafumi.

Renascença Setentrional: Durer, Cranach, Holbein, Patinir, Altdorfer e P. Bruegel.
Maneirismo Setentrional: Jan Gossaert, Jean Clouet, Wtewael e Spranger.

Maneirismo Espanhol: El Greco.

Literatura: Petrarca é o primeiro na Itália, depois vem Lourenço de Medicis e Ariosto; em outros países, José de Anchieta, Gil Vicente, Diogo Bernardes, Edmond Spencer, Erasmo de Roterdã, Rabelais, Montaigne, Lope de Vega, Tirso de Molina, Luis de Camões, Alonso Zuniga, Luiz de Gongora y Argote, Francisco Gomes Gueredo, Pedro de La Barca Calderon, o grande Miguel de Cervantes, Marlowe, Maquiavel, Ben Jonson e o notável Willian Shakespeare.

Música: O primeiro nome da música renascentista é Josquin des Prèz, depois vem Thomas Tallis, Byrd, Morley, John Bull (o Liszt do séc. XVI),
Dowland, John Taverner, Carlo Gesualdo, Weelkes, Gibbons, Orlando de Lassus, Praetorius, o franco-flamengo Cristóbal de Morales, Tomás Luís de Victoria,
o explêndido instrumentista Gabrielli, os luteranos Martin Agricola, Finck,
Johann Walter, Hassler, e, os maiores dentre eles, Palestrina e Monteverdi.








2. Barroco e todo o século XVIII


Filosofia: Hume, Voltaire, D’Alembert, Diderot, Newton, Gassendi, Rousseau, Kant, Fichte, Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley, Hegel, Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa.

Arquitetura: Francesco Borromini, Bernini, Christopher Wren, Andre Le Nôtre, François de Cuvilliès, P. da Cortona, Donato Bramante, Guarino Guarini, Andrea Palladio, Inigo Jones, Carlo Maderna, E. Ferrata, Algardi, Vignola e Neumann.

Escultura: Gian Lorenzo Bernini, Algardi, Antoine Coysevox, Stefano Maderna, Antonio Canova.

Artes Plásticas: Barroco Italiano: Caravaggio, Artemisia Gentileschi, Annibale Carracci, Domenichino, Elsheimer, Guido Reni e Guercino.

Barroco Flamengo: Peter Paul Rubens, Van Dick, Jacob Jordaens.

Barroco Espanhol: Jusepe de Ribera, Velázquez, Zurbarán e Estéban Murillo; Goya não se insere em nenhuma escola.

Barroco Holandês: Rembrandt, Willen Heda, Heem, Vermeer, Frans Hals, Pieter de Hooch, Jan Steen, Cuyp, Ruisdael, Saenredam, Gerard Dou.

Barroco Francês: Nicolas Poussin, Claude Lorrain, Louis le Nain, de La Tour.

Rococó francês: Watteau, François Boucher, Fragonard, Chardin;
italiano: Tiepolo, Guardi, Canaletto;
inglês: Hogarth, Gainsborough, Allan Ramsay, Raeburn, Reynolds.

Literatura: Voltaire, Walter Scott, Molière, Manuel Bocage, Filinto Elisio, Tomas Antonio Gonzaga, Denis Fonvizin, Ivan Krilov, Serge Ailsavov, Mikael Carl Beilman.

Música: Albinoni, Peri, Cavallieri, Caccini, Schutz, Frescobaldi, Froberger, Buxtehude (escola de órgão do Norte), Pachelbel (escola de órgão do Sul), Corelli, Caldara, Cesti, Porpora, Cavalli, Giacomo Carissimi, Torelli, Viotti, D’Anglebert, Hotteterre, Stradella, Legrenzi, Telemann, Leclair, Vivaldi, Purcell, cravo alemão: Fischer, Krieger e Kuhnau, violino alemão: Pezel e Franz Biber, Cimarosa,
o austríaco Joseph Fux, Clarke, Scheidt, John Blow, Schein, Sweelinck, Pergolesi, Lully, os Couperin’s, Charpentier, Louis Marchand, Rameau, os Scarlatti’s,
os Marcello’s, Delalande, Sebastian Bach e Haendel.

Séc. XVIII ( Clássico ) – Haydn, Mozart, Gluck, Christian Bach, Emanuel Bach, Dauvergne, Boccherini, Domenico Cimarosa, Cherubini, Devienne, Tartini,
os Stamitz’s, Dittersdorf, Getry, Gossec, Nicolas Méhul, Beethoven ( fase inicial ).




3. Século XIX


Filosofia: Spencer, Huxley, Haeckel, Arthur Schopenhauer, Heidegger,
Husserl, Darwin, Conte, Schelling, Karl Max, Engels, Kierkegaard, Nietzsche, Willian James, John Dewel, Pater, George Boole, Georg Cantor, Wilhem Dilthey, Fichte, Frege, Hegel, John Stuart Mill, Charles Peirce, Miguel de Unamuno e Anatole France.

Arquitetura: Jefferson, Eiffel, Antonio Gaudi, Horta, Guimard e
Louis Sullivan.

Escultura: Max Klinger, Adolf Hildebrand, Bourdelle e o mais notável, Rodin.

Artes Plásticas: NeoClassicismo - Louis David, Ingres, Copley, Vigée-Lebrun, West, Stubbs, Stuart;
Romantismo – Théodore Gericault, Eugene Delacroix, Constable, Turner, Cole, John Ruskin, W. Blake, Palmer.
Pré- Rafaelitas – Millais, Hunt, Rossetti e Burne-Jones.
Realismo – Daumier, Rosa Bonheur, Courbet, Millet, Corot.
Pré-Impressionismo – Manet e Degas.
Impressionismo – Monet, Guillaumin, Boudin, Cassatt, Berthe Morisot, Renoir, Pissarro e Sisley.
Pós-Impressionismo – Seurat, Signac, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Van Gogh, Gauguin e Munch.
Arte Americana – Whistler, Homer, Sargent, Eakins.
Simbolismo – Rousseau, Moreau, Redon e Ryder.
Art Noveau – Klimt, Beardsley, Gallé e Lallique.
Os Nabis – Bonnard, Vuillard e Sickert.

Literatura: Brasil – Euclides da Cunha, Castro Alves, Raul Pompeia, Machado de Assis.

Portugal – Camilo Castelo Branco, Antonio Feliciano Castilho, João de Deus, Julio Dinis, Alexandre Herculano, Antero de Quental.

Argentina – Jose Hernandez.

Noruega – Henrik Ibsen e Knut Hamsum.

Rússia – Alexsanr Puskin, N. Gogol, Michail Lermontov, Leon Tolstoi, Ivan Turgueniev, Fiodor Dostoievski, Alexsandr Ostravski, Vladimir Korolenko, Anton Cechov.

USA – Irvin, James Fenimore, Ralph Ewaldo Emerson, Hawthorne, Edgar Allan Poe, Henry David Thoreau, Herman Melville, Walt Whitman, Emily Dickson, Lovisa May Mcott, Mark Twain e Henry James.


Maiores representantes das principais escolas do século XIX:

Romantismo – Shelley, Schiller, Byron, Walter Scott, Carlyle, Kipling, Goethe, Chateaubriand, Victor Hugo, Alfredo de Vigny, Lamartine, di Musset, Puskin, Larmontov e Manzonni.

Realismo – Balzac, Zola, Flaubert, Thackeray, Dickens, Bernard Shaw, Wells, Thomas Mann, Ibsen, Mark Twain, Turgheniev, Dostoievsky, Tostoi, Gogol, Lawrence Sterne, George Elliot.

Simbolismo - Oscar Wilde, Mallarme, Verlaine, Rimbaud, Maeterlink.

Música: Beethoven ( na fase final de sua vida ), Carl Weber, Spohr, Hummel, E.T.A Hoffmann, Schubert, Chopin, John Field, Rossini, Paganini, Herold, Boieldieu, Félicien David, Halévy, Auber, Clementi, Eugène Scribe, von Suppé, Meyerbeer, Adolphe Adam, Liszt, Wagner, Dvorak, Berlioz, Gounod, Grieg, Smetana, Mendelssohn, Dittersdorf, Schumann, Verdi, Bizet, Brahms, Lalo, Donizetti, J. Strauss, Bruckner, Bellini, Ernst, Arriaga, Sor, Mahler, Catalani,
Carlos Gomes, Arrigo Boito, Delibes, Glinka, Rimski-Korsakov, Tchaikovsky, Bruch, Mussorgsky, Cézar Cui, Balakirev, Borodin, Hugo Wolf, Franz Berwald, Massenet, Novak, Minkus, Rubinstein, Saint-Saens, Offenbach, Cézar Franck e seus discípulos: Alexis de Castillon, Vincent D’Indy, Ropartz, Lekeu, Duparc, Chabrier, Chausson, Magnard, Séverac e Jean Cras;

Fotografia: Precursores - Nadar, Pierre Petit, Oscar Reijander, Robert Demachy, Emily Puyo, Henry Peach Robinson, Matthew Brady, Jacob Riis, Julia Margaret Cameron.
Maturidade da Fotografia como arte - Atget, Weston, Lange, Stieglitz.




Século XX


Filosofia: Sartre, Bertrand Russel, Croce, Henry Bergson, Santayana, James, Dewey e Wittergestein.

Arquitetura: Walter Gropius, Guerrit Rietveld, Mies Van Der Rohe, Le Corbusier, Frank Lloyd Wright, Pei, Johnson, Graves, Beaubourg, Gehry, Venturi e o explêndido Renzo Piano.

Escultura: Brancusi, Modigliani, Henry Moore, Calder, David Smith, Bourgedis, Nevelson, Jud, Dan Flavin, Robert Morris, Christo Javacreff, Richard Serra,
Sol Le Witt, Marini, Gabo e Peusner.

Artes Plásticas: Fauvismo: Vlaminck, Derain, o original Matisse e Raoul Dufy.
Expressionismo: Rouault, Kirchner, Nolde, Beckmann, Schiele, Kokoschka.
Cubismo: Picasso, Braque, Juan Gris.
Futurismo: Boccioni, Fernand Léger, Delaunay.
Pré-abstração: Franz Marc, Macke e Kandinsky.
Abstracionismo: Malevitch e Piet Mondrian. Expressionismo abstrato: Pollock, Lee Krasner, Rothko, Arshile Gorky, Kooning, Clyfford Still, Franz Kline, Barnett Newman, Motherwell e Philip Guston.
Fantástico e Surrealismo: Giorgio de Chirico, Max Ernst, Joan Miró, Magritte, Salvador Dali, Dubuffet, Morandi e Giacometti.
Arte Americana: Hopper, Frankenthaler, Morris Louis, Diebenkorn e O’ Keeffe.
Minimalismo : Ad Reinhardt, Franz Stella, Agnes Martin e Rockburne.
Pop Art: Warhol, Lichtenstein, Jasper Johns, Rauschenberg e David Hockney.
Figurativo europeu: Balthus, Francis Bacon, Kossoff, Auerbach, Lucian Freud, Kiefer e Baselitz.
Sem classificação: Soutine, Marc Chagall, Modigliani e Paul Klee.

Literatura: Chile – Pablo Neruda.

Colombia – Garcia Marques.

Cuba – Guilhermo Cabrera, Italo Caluino, Alejo Carpentier, Jose Lima Lezarra, Jose Marti.

Peru - Mario Vargas Llosa.

Espanha – Benito Perez Galdós, Miguel de Unamuno, Vicente Blasco Ibanez e Frederico Garcia Lorca.

Brasil – Adonias Filho, C. Drummond de Andrade, Mario de Andrade, Augusto dos Anjos, Manuel Bandeira, Lúcio Cardoso, Autran Dourado, Lima Barreto, Clarice Linspector, João Cabral de Mello Neto, Murilo Mendes, Radvan Nassar, Cornelio Pena, Mário Quintana, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, José J. Veiga.

Portugal – Almeida Garret, Eça de Queiroz, Florbela Espanca, Vasco Navarro G. Moura, Lobo Antunes, Fernando Namora, Camilo de Peçanha, Antonio Vitor Rosa Ramos, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa, José de Souza Saramago, Miguel Torga.

Argentina – Roberto Arlt, Adolfo B. Casares, Jorge Luis Borges, Julio Cortazar, Ricardo Guiraldes, Leopoldo Lúgones, Eduardo Mallea, Leopoldo Marechal, Ricardo Piglia, Manuel Puig, Horácio Quiroga, Ernesto Sáborto.

Rússia – Marksin Gorkin, Leonid Andreev, Boris Pasternak, Vladimir Majarovski, Isaak Babel e Vladimir Nabokov.

USA – Edith Wharton, Theodore Dreisler, Gertrude Stein, Sherwood Anderson, Jack London, Willian Carlos Willians, Ezra Pound, Thomas Elliot, Eugene Oneil, Edward Eastin Cummings, Scott Fitzgerald, Willian Faulkner, Ernest Hemingway, John Steinbeck, Tenesse Willians, Edward Albee.


Os maiores gênios da Literatura filosófica e artística nas línguas inglesa, italiana, alemã e francesa de todos os tempos:

Inglaterra – Chaucer, Malory, Thomas More, Spencer, John Lyly, Francis Bacon, Marlowe, Shakespeare, Robert Burton, John Milton, John Dryden, Daniel Dafoe, Swift, Alexander Pope, Samuel Richardson, Christerfield, Fielding, Samuel Johnson, Sterne, Horace Walpole, Percy, Chatterton, Willian Blake, Wordsworth, Walter Scott, Samuel Coleridge, Jane Austen, Peacock, Thomas de Quincey, George Byron, Percy Shelley, Thomas Carlyle, John Keats, Mary Shelley, Elisabeth Browning, Tennyson, Dickens, Thackeray, Robert Browning, Emily Bronte, Charlote Bronte, Lewis Caroll, Thomas Hardy, Robert Stevenson, George Shaw, Oscar Wilde, Joseph Conrad, Willian B. Yeats, George Wells, Ford Madox Ford, Chesterton, James Joyce, Virginia Woolf, David Herbert Lawrence Thomas Elliot, Mansfield, Huxley, George Orwell, Auden, Dylan Thomas, John Osborne e Harold Pinter.

Itália – Dante Allighieri, Francesco Petrarca, Boccaccio, Franco Shacchetti, Niccolo Maquiavelli, Ludovico Ariosto, Michelangelo Buonarroti, Pietro Aretino, Cellini, Torquato Tasso, Campanella, Goldoni, Casanova, Manzoni, Giacomo Leopardi, Giovanni Verga, Italo Svevo, Gabriele d’Annunzio, Luizi Pirandello, Giuseppe di Tomazi Lampeduza, Curzio Malaparte, Dino Buzzati e Alberto Moravia.

Alemanha – Hildegard Von Bingen, Ender Freidank, Hugo Von Trimberg, Mester, Scharfenberg, Sebastian Brant, Erasmo de Rotterdan, Albrecht Von Haller, Christian Ewald Kleist, Elias Schlegel, Klopstock, Lessing, Wieland, Jacobi, Herder, Goethe, Schiller, Volpius, Dorothea Schlegel, Wilhelm Von Schlegel, Holderlin, Novalis, Hoffmann, La Motte Fouqué, Henrique Von Kleist, Grimm, Heive, Meinhold, Buchner, Friederich Weber, Fontane, Nietzche, Hauptmann, Schnitzler, Stefan George, Henrique Mann, Hofmannsthol, Rainer Rilke, Robert Musil, Stefan Zweig, Frank Kafka, Herman Broch, Eric Maria Remarque, Max Frisch, Heinrich Boll e Friedrich Durremmatt.

França – Alain Chartier, François Villon, Rabelais, Ronsard, Mointaigne, Pierre Corneille, François la Rochefoucauld, Savienien Cyrano de Bergerac, Jean de la Fontaigne, Moliere, Charles Perrault, Nicolas Boileau, Jean Racine, Fenelon, Marivaux, Montesquieu, Voltaire, Antoine Prevost, Jean Jacques Rosseau, Denis Diderot, Beaumarchais, François Sade, Choderlos de Lacros, Xavier de Maistre, Anne Louise Stáel, Benjamin de Constant, Renè de François Chateaubriand, Sthendal, Alphonse de Lamartine, Alfred de Vigny, Balzac, Victor Hugo, Prosper Merinée, Eugene Sue, Charles Saint Beuve, George Sand, Gerard de Nerval, Alfred de Musset, Gautier, Baudelaire, Ernest Teydeau, Joseph Renan, Emile Zola, Daudet, Mallarmé, Anatole France, Paul Verlaine, Conte de Lautremont, Guy de Maupassant, Rimbaud, Eduard Dujardin, Paul Claude, Andre Gide, Paul Valéry, Marcel Proust, Grabielle Collete, Guillaume aPollinaire, Louis Céline, Andre Breton, Andre Malraux, Raymond Badiguet, Marguerite Yovicenar, Jean Paul Sartre, Samuel Beckett, Jean Genet, Eugene Lonesco e Albert Camus.



Música: Glazunov, Lutoslawski, Humperdinck, Elgar, Erik Satie, Szymanowski, Scriabin, Schmitt, Alois Haba, Schmidt, Szymanowski, Enescu, Joaquin Rodrigo, Ropartz, Albèniz, Granados, Roussel, Suk, Novak, Philip Glass, Fauré, Holst, Honegger, Ibert, Max Reger, Pfitzner, Busoni, Respighi, Poulenc, Carl Orff, Marcel Dupré, Janacek, Jolivet, Khatchaturian, Krenek, Samuel Barber, Martinu, Paul Dukas, Hartmann, Duparc, Bela Bartok, Kodaly, Penderecki, Segovia, Manuel de Falla, Stravinsky, Mackerras, Hossack, Prokofiev, Debussy, Ravel, Shostakovich, Rachmaninov, Copland, Gershwin, Ives, Schoenberg, Webern, Alban Berg, Leoncavallo, Mascagni, Giordano, Zandonai, Willian Walton, Delius, Tippet, Britten, Sibelius, Messiaen, Boulez, R. Strauss, Hindemith, Stockhausen, Hanns Eisler, Gorecki, Paul Dessau, Schreker, Korngold, Frank Martin, Ernest Bloch, Kabalevski, Gerald Finzi, Henze, Boris Blacher, Dutilleux, Elliott Carter, Leonard Bernstein, Dallapiccola, Ligeti, Miaskovski, Milhaud, Kurt Weill, Xenakis, Zemlinsky, Zimmermann, Samuel Barber, Grainger, Nielsen, Varèse, Vaughan Williams, Puccini, Berio e na America Latina – México: Ponce, Carrillo, Carlos Chavez; Bolívia: Eduardo Caba; Uruguai: Fabini; Brasil: Villa-Lobos; Argentina: Alberto Williams, Buchardo, Juan Carlos Paz e Alberto Ginastera.

Fotografia: Cubismo – Alvin Longdon Coburn.

Futurismo – Giulio Bragaglia.

Surrealismo – Man Ray, Raoul Hausman, Karl Teige, Max Ernst, Duchamp.

Escola de Bauhaus – Laszló Moholy Nagy.

Abstracionismo – Minor White, Mario Giaconelli,, Lennart Nilson, Jan Smok,
Hans Hammerskiodd, Aoron Siskind, Peter Kutman, Peter Kocjanic, Hunz Hajek, Halke, Pierre Cordier.

Op Art – H. Rittlinger, Gottfried Jager.

Pop Art – Richard Hamilton, Robert Hausser, Floris Neussus, Andy Warhol.

Vanguarda – Jan Dibbets, Haus Haacke, Arnulf Rainer, Bruce Neuman, Vito Acconci.

Fotojornalismo – Os maiores nomes deste gênero são Roger Fenton, Matthew Brandy, Popp de Szathanari, Charles Langlois, Eric Salomon, A. Eisenstaedt, Germaine Kruil, Andre Kutesz, Cartier Bresson, Robert Capa, Cecil Beaton, Margareth Bource White, Boris Kudórrov, A. Uzlian.

Cinema: Destaco os irmãos Lumiére com a invenção da projeção contínua, George Méliés com o primeiro filme de ficção com efeitos especiais, Thomas Edison com o Black Mary, primeiro estúdio de cinema, Edwin Porter abre o faroeste e o gênero policial, Max Linder com o primeiro tipo cômico, além de Louis Teuillade, Giovanni Pastrone, Griffith, Ben Turpin, Buster Keaton, Harold Lloyd e Charles Chaplin.
Alemanha expressionista – Os maiores: Fritz Lang, Pabst, Murnau, Wiene e Lubistch.
França impressionista – Gance, Epstein, Delluc e L’herbier e a vanguarda francesa com linguagem surrealista e dadaísta – René Clair e Buñuel.

URSS no princípio - Eisenstein, Pudóvian, Dudow e Dovjenko.

Países Nórdicos – Dreyer ( Dinamarca ), Stiller e Sjortram ( Suécia ).

II Guerra - ( EUA ) Capra, Ford, Wyler, Hawks, os remanescentes do cinema mudo Vidor, Borgaze, Wellman e o revolucionário modernista Orson Welles.
Europa – ( França ) Realismo poético com Renoir, Carné, Duvivier e Vigo. Além do jansenismo de Robert Bresson.
( URSS ) Kozintev e Aleksándrov. ( Alemanha ) Riefenstahl e Harlan.
( Itália ) NeoRealismo de Roberto Rosselini, De Sica, Luigi Zampa, Alberto Lertuada, Piero Germi, o existencialista Michelangelo Antonioni e Luchino Visconti. Um dos maiores gênios do cinema autobiográfico é italiano, Federico Fellini.
O NeoRealismo abrirá portas para novos cineastas italianos geniais: Passolini, Rosè, Zurlini, Nonicelli, Bertolucci, Petri, Risi, Bolognini, Ferreri, Bellocchio e nos anos 70: Wertmuller, Scola, Taviani e Olmi.

França dos anos 50 até 80 – No gênero Nouvelle Vague: Godard, Truffault, Rivette, Chabrol, Alain Renais e Louis Malle. Nos anos recentes surge o cinema intimista e para mim os maiores cineastas deste gênero são Blier, Rohner, Tavernier, Sautet e Berri. Gostaria de citar alguns gênios que marcaram a História do cinema: Allegret, Cayatte, Clouzot, Delannoy, Jacques Tati e Jean Grémillion.

Inglaterra dos anos 50: David Lean, Michael Power, anos 60: Jack Clayton.
O free cinema com Richardson, Rusz, Boorman, Lester e Schlesinger que rompe com as regras tradicionais do Realismo. Gostaria de destacar Peter Greenaway.

Japão – Kurosawa, Mizoguchi, Shindo, Naruse, Ozu, Kobayachi e Gosho; nos anos 60 surge a Nouvelle Vague Japonesa com Susumu Hani, Masahiro, Shinoda, Yoshishige Yoshida, Nagisa Oshima, Seijun Suzuki, Shohei Imamura e Hirishi Teshigara; em anos recentes temos Yamamura e Itami.

Cinema Contemporâneo na América: Proliferam os musicais e surgem filmes dramáticos com alto nível de qualidade; Hitchcock, Wilder, Huston, Zimmermann, Suk e Corman, grandes diretores que fizeram nome na América.
Escola de New York: Destaco Mann e Ritt; cineastas vindo da tv: Lumet e Penn.

Nicholas Ray, Elia Kazan, Losey, Stanley Kubrick, Frankenheimer e Pollack foram cineastas geniais voltados para a crítica social.
Jerry Lewis e Frank Tashlin criam novo gênero de comédia. Indispensáveis!
Nos anos 70 os maiores cineastas são Scorsese, Coppola, Altman, Mallick, Woody Allen e nas superproduções: George Lucas e Spielberg.
Nos anos 80 destaco De Palma, seguidor de Hitchcock, além de Cimino, Kaufman, David Lynch, com suas visões polêmicas da sociedade e Zemeckis, seguidor de Spielberg.
Em New York surge o cinema independente; anos 70: Cassavetes, Schatzberg, anos 80: Sayles, Jarnusch, anos 90: Hal Haltrey.
Os anos 80 popularizaram o humor irreverente de Gillian e Terry Jones e marcaram o aparecimento de cineastas envolvidos com grandes projetos:
Alan Parker, Roland Joffé e Ridley Scott.

URSS nos anos mais recentes – Kacatósov, Tchukrai, Tarkovski, Kontchalovski, Klimov, Abduladze e Paradjanov.

Polônia – Wajda, Polansky, Kawalerowicz, Alexander Ford, Zanussi e Kieslowsky.

Tchecoslováquia – Weiss, Milos Forman e Jirimenzel.

Hungria – Jancsó, Meszáros e Szabó.

Iugoslávia – Makavejev e Kusturica.

Suécia – O maior nome neste país é Ingmar Bergman e nos anos 60/70 destaco Sjoberg e Sjoman.

Alemanha, anos 60/70 – Os gênios do Movimento Oberhaussen são Fassbinder, Alexander Kluge, Herzog, Schloendorf e Margarette Vontrota. Misturando elementos teatrais no cinema, destaco os geniais Schroeter, Sybergerg e o especial cineasta alemão Win Wenders.

Espanha – Três nomes chamam a atenção internacional, Carlos Saura, Érice e Almodóvar.

Canadá – McLaren, Carle e Arcand.

Portugal – O único nome que merece entrar nesta lista é Manuel de Oliveira.

Dinamarca – Destaco três gênios excelentes, Billy August, Gabriel Axel e Von Trier.

Argentina – Ferreira, Berri, Christensen, Torre-Nilsson, Solanas e Puenzo.

Cuba – Gutierrez Alea e Solas. Chile – Raul Ruiz e Líttin.

Grécia – Constatin Costa-Grawas, Theo Angelorpolos, Cacoyannis.

India – Satiajit Ray é o maior nome do fértil cinema indiano.
China – surge gênios depois dos anos 80: Himov, Ang Lee, Shugin e Kaige.

Brasil – Humberto Mauro, primeiro grande cineasta dos anos 30, depois surgem Mário Peixoto e Alberto Cavalcanti e em 1954, com o cinema novo, temos Nelson Pereira dos Santos; nos anos 60 cineastas jovens são reconhecidos pela crítica européia: o baiano Glauber Rocha é um destaque, além de Paulo Cezar Saraceni, Leon Hirsman e Anselmo Duarte. Walter Hugo Krouri e Luis Sergio Person caminham de forma independente e são verdadeiros gênios brasileiros. ###

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

BEETHOVEN, UM RESUMO PESSOAL


Ludwig van Beethoven representa um divisor de águas na História da Música. Eu me sinto um privilegiado em poder ter a felicidade de conhecer toda sua obra. Conjunto de opus que me impressiona a cada audição.

O célebre músico é conhecido do grande público pelo seu ciclo de 9 sinfonias e pelas suas 32 sonatas para piano. De fato, são coleções extraordinárias e bastariam para colocar o compositor como um dos maiores gênios da história. Falarei abaixo do melhor que o mestre compôs.

SINFONIAS
As 9 sinfonias de Beethoven formam o ciclo musical mais famoso e aclamado em todos os tempos. Cada uma delas tem uma personalidade própria e guarda seus próprios méritos, mas a Terceira (Eroica), a Quinta (Destino), a Sexta (Pastoral), a Sétima (Dança) e a Nona(Coral), únicas que possuem nomes, são as que chamam mais atenção dos críticos e admiradores. A Terceira se destaca por ser a mais revolucionária, a Quinta, pela sua economia melódica, a Sexta, pela sua descrição pastoral, rica em detalhes, a Sétima, por ser a mais bonita e a Nona se destaca como a mais complexa, incluindo um coral num gênero que é absolutamente instrumental.

SONATAS PARA PIANO
As 32 sonatas para piano formam outra coleção admirável. É tamanha a variedade de emoções e estados de espírito que pode-se dizer que resume todos os sentimentos humanos expressados em música. De altíssima qualidade técnica, de uma ousadia tonal consciente, de uma riqueza de pathos notável. É o gênero, em Beethoven, que eu acho mais notável, onde podemos capturar toda a inventividade, todo o desenvolvimento técnico, toda capacidade em compor do mestre. Cada sonata tem seu valor, mas destaco aqui as sonatas op. 7, ao Luar op. 27, a Tempestade op. 31, Appassionata op. 57, Patética op. 13, Waldstein op. 53 e as quatro últimas que vai da mais monumental de todas (Hammerklavier op. 106) até a mais espiritual (op. 111).

QUARTETOS
Outro gênero no qual Beethoven é conhecido, principalmente por aqueles que se aprofundam em sua música, menos acessível ao grande público, é o de câmara. Neste gênero específico os quartetos para cordas dominam a área. Esta coleção beethoveniana, depois do ciclo sinfônico e das sonatas para piano, é o mais interessante e rico. Seus quartetos se dividem em três fases: a fase clássica, a fase heróica e a fase final. Os quartetos da fase inicial são ofuscados pelos da fase mediana (heróica) e os últimos quartetos ofuscam toda a coleção antes deles. Para muitos especialista, os últimos quartetos de Beethoven formam o que de mais sério o mestre criou...de fato, é música de altíssima espiritualidade. É como se os quartetos da fase inicial fizessem apenas o dever de casa da música clássica, imprimindo, óbvio, personalidade autoral; os quartetos medianos estendessem os conceitos da fase clássica para caminhos heróicos, românticos, épicos...e os da fase final ampliassem este conceito para limites míticos, interplanetários, cósmicos...espirituais.

CONCERTOS
Depois das sinfonias, sonatas para piano e quartetos, Beethoven é respeitado pelos seus concertos. Uma pena que escreveu poucos, apenas 7. O único concerto para violino é uma obra-prima, respeitadíssimo em todas as salas. O concerto tríplice não goza da mesma popularidade, mas eu considero um concerto poderoso e umas das obras mais geniais do mestre. Foi este concerto que me fez despertar para a genialidade incólume de Beethoven.
Mas, os cinco concertos para piano são deliciosos...os de n.3, 4 e 5 são obras-primas geniais, mas, todos eles são deliciosos e cerebrais...

SONATAS DUO
Se excluirmos os quartetos para cordas, a melhor música de câmara de Beethoven inclui seu instrumento predileto: o piano.
De tudo que foi composto, as 10 sonatas para violino e piano formam a coleção mais coesa e bonita, depois das sinfonias, sonatas para piano, concertos e quartetos para cordas. Formam um ciclo fechado em si, com destaque para a sonata Primavera, a Kreutzer e a op. 96, a última sonata. É como se a primeira sintetizasse a fase clássica; a Kreutzer, a heróica e a op. 96, a fase espiritual. É um ciclo menos popular, mais conhecido pelos especialistas.

Depois das sonatas para violino, as 5 sonatas para violoncelo e piano formam outra coleção interessante e rica. Não acrescenta em nada o que fora feito pelas sonatas para piano solo, mas para quem se interessa pelo violoncelo, são obras magistrais e belíssimas.

TRIOS COM PIANO
Infelizmente, os trios para piano e cordas não formam uma coleção ampla como as sonatas para violino e piano. Mas, os trios op. 70 e o Trio Arquiduque já dão conta do recado. São obras maravilhosas, esplêndidas...que nos remete à Brahms.

MÚSICA CÊNICA
O mestre de Bonn não é muito conhecido pela sua música cênica. Na verdade, nessa área, sua música fora deixada de lado. De tudo que fez, ficou a ópera Fidélio (única que escreveu) e a abertura de Egmont, sua melhor abertura orquestral. Seria Beethoven, mesmo sem ter escrito estas obras. Brahms e Bach não escreveram ópera alguma e isso não tirou em nada o valor deles. Digo isso, sem querer desmerecer Fidélio e a abertura de Egmont, que são obras bonitas, bem feitas e de grande impacto.

CANÇÕES
O primeiro ciclo de canções feito por um grande compositor deve ter sido o ciclo à Amada Imortal. As canções de Beethoven são conscientes, engenhosas, de beleza sutil, mas pouco conhecidas.

MÚSICA SACRA
Beethoven escreveu belas cantatas, missas e um oratório notável: Jesus no Monte das Oliveiras. Em tudo, passagens geniais...mas, de tudo que escreveu para coro, tratando de música para a igreja, a única obra-prima incólume é sua Missa Solemnis, pináculo de toda a história da música sacra, junto com a Missa em Si menor de Bach.
Como se não bastasse tudo que Beethoven havia criado em todos os gêneros possíveis, ainda fez esta missa espetacular, monumental, complexa, sua obra mais difícil.

OBRAS ESPECIAIS
Entre os admiradores de Beethoven tem-se um certo interesse pela Fantasia Coral, op. 80 e pelos dois romances para violino e orquestra. Quanto ao grande público, Beethoven é muito conhecido também pela sua música para piano solo intitulada Fur Elise. É respeitado por eruditos pela sua Grande Fuga, op. 133, as Bagatelas op. 126 e pelas Variações Diabelli para piano solo. São obras deliciosas, de uma intelectualidade sutil, que apenas engrossa o caldo de genialidade do seu corpo de opus. Destaco aqui que a Grande Fuga, as Bagatelas op. 126 e as Variações Diabelli são obras monumentais, únicas, especiais...se Beethoven não tivesse criado suas revolucionárias sinfonias, sonatas e quartetos, talvez fosse conhecido apenas por ter criado uma dessas peças de grande valor.

RESUMO - AS OBRAS MAIS CONHECIDAS E AS MAIS MONUMENTAIS:
Quinta Sinfonia, Nona Sinfonia; Fur Elise; Concerto para piano n.5, Concerto para violino; Quartetos da fase final; Grande Fuga op. 133; Bagatelas op. 126; Variações Diabelli; Missa Solemnis; Sonatas para piano Ao Luar, Patetica, Waldstein e Hammerklavier;
Ópera Fidélio; Sonatas para violino e piano Primavera e Kreutzer;

AS OBRAS QUE EU DESTACO - GOSTO PESSOAL:
1.Sinfonias n.3, 5, 7 e 9;

2.Sonatas para piano op. 7, ao Luar op. 27, a Tempestade op. 31, Appassionata op. 57, Patética op. 13, Waldstein op. 53 e as quatro últimas, com destaque para a Hammerklavier op. 106 e a op. 111;

3.Concertos para piano n.2, 3, 4 e 5 e o Concerto Tríplice;

4.Quartetos da fase média e da fase final (todos);

5.Grande Fuga op. 133, as Bagatelas op. 126 e as Variações Diabelli op. 120;

6.Trios para piano e cordas, os dois, op.70;

7.Sonatas para violino op. 30 (as três), Primavera, Kreutzer e
op.96;

8.Sonatas para cello e piano op. 5, 69 e 102;

9.Missa Solemnis;

sábado, 6 de fevereiro de 2010

MONET, MAIOR REVOLUCIONÁRIO DO IMPRESSIONISMO


No último período de sua longa vida, Monet transferiu-se para uma casa de campo em Giverny, em frente do qual mandou construir um belo jardim de ninféias. As séries deste jardim, pintadas enquanto a Europa ardia em chamas, devido à Primeira Grande Guerra, superaram o registro da impressão - como na escola do Impressionismo - e representavam mais uma reflexão introspectiva do que era a Natureza e as suas contínuas metamorfoses. Plantas e água se misturam. As pinceladas perseguem-se em rápidas sucessões e a tinta já não obedece os limites da tela. Uma verdadeira confusão cromática no ar e no espelho de água. Aqui, Monet toca delicadamente na abstração, alcançando o Infinito. Para saber mais sobre Monet: http://www.sabercultural.com/template/pintores/Monet-Claude-1.html

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

POR QUE VAN GOGH É TÃO VALORIZADO



É uma boa pergunta a se fazer...O porque de Van Gogh ser tão famoso...suas obras tão respeitadas...apesar da "feiúra" evidente em sua linguagem...
A resposta é simples. Van Gogh surge sob a onda enorme do Impressionismo, mas consegue se erguer por sobre a crista desta onda. Ao contrário dos impressionistas, Van Gogh não busca em suas telas relatar o instante captado de determinada cena a partir da luz do momento, do clima do momento, da atmosfera do momento...ele retrata a emotividade da cena, o sentimento que determinada imagem desperta em si...e consegue retratar isso a partir de linhas contorcidas, cores vibrantes e contrastantes, perspectiva idealizada...um furor sagrado - comparável a Vivaldi - ao ponto de criar mais de 600 peças em apenas quatro anos. A obra de Van Gogh fala mais do psicológico, da imagem interior, retratada na imagem externa distorcida das coisas...

Van Gogh começou tarde na pintura, já velho...mas, seu acervo é maior que o de Velazquez, Rubens ou Rafael. E a maior parte de sua criação é composta de obras-primas extraordinárias. O que fascina em Van Gogh não é apenas o estilo - único, liberto de qualquer regra ou escola -, mas também a sua personalidade atormentada e sua biografia trágica retratadas nas suas pinturas. Depois de Van Gogh, a arte não é mais a representação da vida: a arte é a vida.

domingo, 24 de janeiro de 2010

CONFERÊNCIAS NO MUSEU DO PRADO, EM MADRI


Toda semana o Museu do Prado, em Madri, faz uma conferência sobre um dos quadros de sua imensa coleção. Nesta última semana de janeiro de 2010, a sagrada familia, de Parmigianino.
Esta atitude por parte do museu espanhol deveria ser copiado pelos museus brasileiros para que haja um incentivo no sentido de a população conhecer as coleções dos museus de sua cidade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O GÊNIO DA PANTERA COR-DE-ROSA




Henry Mancini foi um dos compositores de trilhas cuja importância reside em ter aberto um divisor de águas na História da Música para o Cinema, ao colocar o chamado mainstream jazz na trilha do filme A Marca da Maldade, dirigido em 1958, por Orson Welles.
Antes da geração de Henry Mancini, a trilha sonora de um filme no cinema americano era quase que exclusivamente sinfônica, grandiloqüente.


As composições pelas quais Henry Mancini é mais conhecido incluem Moon River (a canção tema do filme Bonequinha de Luxo) e os temas dos filmes A Pantera Cor-de-Rosa e Charada, bem como o tema do famoso Pássaros Feridos, minissérie de 1983, exibida no Brasil pelo SBT desde 1985. Ele compôs também o famoso tema de 007 e Missão Impossível.


O famoso tema da Pantera Cor-de-Rosa é um clássico do jazz, simples, memorável. Todos conhecem aquele sax contralto bem tocado por Plas Johnson, meio tímido, cuidadoso como o andar de um felino, timbre classudo, com um acompanhamento de orquestra sutil e coadjuvante...belas viradas sutis de bateria executadas por Frank Capp...
Para quem deseja ouvir a orquestra original de Henri Mancini, com o mestre na batuta, executando A Pantera Cor-de Rosa, acesse

http://www.youtube.com/watch?v=jBupII3LH_Q

UMA DESCOBERTA: NUBIA LAFAYETTE


Não há limite de idade para se descobrir a bela arte, honesta, sincera, pura, não há limite para se descobrir um clássico.
Numa ensolarada tarde de quarta feira, encontrei-me com meu pai para almoçarmos juntos e percebi uma canção interessante em seu carro...perguntei de quem era a canção e quem estava cantando...ele respondeu que a canção foi gravada pela primeira vez por Dalva de Oliveira e a cantora naquela versão era Núbia Lafayette...era mais um dos belos Cds comprados por Netinha, sua esposa, que sempre buscou a beleza no passado, nos clássicos de outra era, que não a nossa - arranhada pela ausência da melodia, da harmonia...nessa busca pelo passado, onde disponta o inusitado...aquele timbre antigo, mas universal, portanto ouvível em qualquer tempo, um som pitoresco, uma voz sem idade, um clássico, senhores, um clássico. Não devemos negar nunca a arte honesta, de qualidade, mesmo que não seja de nossa geração...e aquela cantora - que eu nunca havia ouvido falar - era dona de uma voz honesta, generosa e fácil de conquistar.

Quanto a Dalva de Oliveira, eu já conhecia de ouvi-la nos anos 80, entre minhas pesquisas musicais...ela fez muito sucesso nos anos 30, 40 e 50; inclusive, em 2002, de passagem por Recife, assisti ao espetáculo teatral "Estrela Dalva", cujo sucesso rendeu ao elenco de 16 atores viagens por diversas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais por dois anos e, mais recentemente, a vida de Dalva de Oliveira foi retratada com a minissérie Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor, produzida pela Rede Globo. Nesta minissérie, a vida da cantora foi ficcionalizada. Seus maridos Tito Clement e Manuel Nuno Carpinteiro, por exemplo, não existiram.

Mas, voltando a falar da cantora Núbia Lafayette, apresentada por meu pai, ela morreu recentemente, em 2007, de hemorragia cerebral. Nascida no Rio Grande do Norte, Núbia desembarcou cedo no Rio de Janeiro e começou sua carreira no fim dos anos 50, nessa época, cantando em programas de calouros, interpretando músicas da época. Foi crooner da boate Cave e estreou imitando Dalva de Oliveira, o seu grande ídolo. Ela teve o apoio de Nelson Gonçalves, que a apresentou à gravadora RCA Victor. Inclusive, ela era chamada de a Nelson Gonçalves de saias. Ainda em 1960, Núbia gravou o 1º disco com a música Devolvi. Assim que saiu, a música despontou nas rádios de todo País. O trabalho a projetou como uma cantora romântica e popular. Muitos cantores se dizem influenciados por ela: Alcione, Fafá de Belém, Elymar Santos e Tânia Alves são alguns dos fãs famosos de Núbia Lafayette.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O BRASIL NÃO COMPETE ESTE ANO AO OSCAR




O Brasil está mais uma vez fora da disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro. O filme de Sérgio Rezende "Salve geral" era o único representante brasileiro entre os mais de 64 países que concorriam às cinco vagas de candidato. Mas a Academia Cinematográfica de Hollywood divulgou nesta quarta-feira, 20, uma lista com os nove longas que estão ainda na briga. Apenas a Argentina, com o filme "O segredo de seus olhos", e o Peru, com "A teta assustada", representam o cinema latino-americano na corrida pelas vagas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

MINHA LISTA DOS CEM MELHORES FILMES


Todo mundo publica uma lista dos cem...não gosto das listas que comparam os filmes entre si e dão colocação, por exemplo, para Cidadão Kane como o melhor filme já feito, mas admiro uma seleção de cem melhores filmes, sem pontuação...isso serve de guia para admiradores da sétime arte que estão ainda engatinhando na apreciação.


Minha lista contém alguns filmes que estão em todas as listas do gênero, mas envolve algumas preciosidades esquecidas, como Camille Claudel de Bruno Nuytten ou Uma Aventura na Martinica de Howard Hawks.


Vamos a minha lista pessoal dos cem filmes prediletos:



1. Cidadão Kane (Orson Welles) USA

2. Um Corpo Que Cai (Alfred Hitchcock) INGLATERRA

3. 8 ½ (Federico Fellini) ITÁLIA

4. La Nave Va (Federico Fellini) ITÁLIA

5. Camille Claudel (Bruno Nuytten) FRANCES

6. A Longa Noite de Loucura (Mauro Bolognini) ITÁLIA

7. Kagemusha, a Sombra do Samurai (Akira Kurosawa) JAPONES

8. Sociedade dos Poetas Mortos (Peter Weir) USA*

9. O Encouraçado Potenkim (Sergei Eisenstein) RUSSO

10. Cantando na Chuva (Gene Kelly) USA

11. O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola) USA

12. Lolita (Stanley Kubrick) INGLATERRA*

13. Mephisto (István Szabó) HUNGARO

14. Os Infiltrados (Martin Scorsese) USA

15. O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante (Peter Greenaway) INGLATERRA*

16. Violência e Paixão (Luchino Visconti) ITÁLIA

17. Fantasma da Liberdade (Luis Buñuel) ESPANHOL*

18. Lawrence da Arábia (David Lean) INGLATERRA

19. A Doce Vida (Federico Fellini) ITÁLIA

20. Os Bons Companheiros (Martin Scorsese) USA*

21. Psicose (Alfred Hitchcock) INGLATERRA

22. Casablanca (Michael Curtiz) USA

23. Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder) USA

24. Lua de Fel (Roman Polanski) POLONES

25. Morangos Silvestres (Ingmar Bergman) SUECO

26. Sonata de Outono (Ingmar Bergman) SUECO

27. O Boulevard do Crime (Marcel Carné) FRANCES

28. Apocalypse Now (Francis Ford Coppola) USA

29. O Sétimo Selo (Ingmar Bergman) SUECO

30. Janela Indiscreta (Alfred Hitchcock) INGLATERRA*

31. Amarcord (Federico Fellini) ITÁLIA

32. A Malvada (Joseph L. Mankiewicz) USA

33. A Ponte do Rio Kwai (David Lean) INGLATERRA

34. Persona (Ingmar Bergman) SUECO

35. Amadeus (Milos Forman) TCHECO

36. Laranja Mecânica (Stanley Kubrick) INGLATERRA

37. E o Vento Levou (Victor Fleming) USA

38. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Woody Allen) USA

39. Fargo (Joel Coen) USA

40. Onde Os Fracos Não Têm Vez (Joel Coen) USA

41. Manhattan (Woody Allen) USA*

42. A Noviça Rebelde (Robert Wise) USA

43. A Liberdade é Azul (Krzysztof Kieslowski) POLONES

44. Interlúdio (Alfred Hitchcock) INGLATERRA

45. Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha) BRASIL

46. Lacombe Lucien (Louis Malle) FRANCES*

47. Meu Jantar com André (Louis Malle) FRANCES*

48. Tio Vânia em Nova York (Louis Malle) FRANCES*

49. Hiroshima, Meu Amor (Alain Resnais) FRANCES

50. Hannah e Suas Irmãs (Woody Allen) USA

51. A Fraternidade É Vermelha (Krzysztof Kieslowski) POLONES

52. Terra em Transe (Glauber Rocha) BRASIL

53. Disque M para Matar (Alfred Hitchcock) INGLATERRA

54. Festim Diabólico (Alfred Hitchcock)
INGLATERRA*

55. Era uma Vez no Oeste (Sergio Leone) ITÁLIA

56. Discreto Charme da Burguesia (Luis Buñuel) ESPANHOL*

57. Hamlet (Laurence Olivier) INGLATERRA*

58. Os Pássaros (Alfred Hitchcock) INGLATERRA*

59. Memórias (Woody Allen) USA*

60. Tiros na Broadway (Woody Allen) USA*

61. A Excêntrica Família de Antônia (Marleen Gorris) HOLANDA*

62. O Anjo Exterminador (Luis Buñuel) ESPANHOL*

63. O Anjo Azul (Josef Von Sternberg) AUSTRIACO

64. Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore) ITÁLIA

65. Satyricon (Federico Fellini) ITÁLIA

66. Cenas de um Casamento (Ingmar Bergman) SUECO

67. Da Vida das Marionetes (Ingmar Bergman) SUECO

68. Morte em Veneza (Luchino Visconti) ITÁLIA

69. Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (Pedro Almodóvar) ESPANHOL*

70. Pepi, Luci Bom y otras Chicas del Montón (Pedro Almodóvar) ESPANHOL*

71. Os Guarda-chuvas do Amor (Jacques Demy) FRANCES

72. O Leopardo (Luchino Visconti) ITÁLIA*

73. Os Primos (Claude Chabrol) FRANCES*

74. O Sol por Testemunha (René Clément)
FRANCES*

75. Este Obscuro Objeto do Desejo (Luis Buñuel)*

76. Beau Pere (Bertrand Blier)*

77. Platoon (Oliver Stone) USA

78. Wall Street (Oliver Stone) USA

79. Noites de Cabíria (Federico Fellini) ITÁLIA

80. Julieta dos Espíritos (Federico Fellini) ITÁLIA

81. Maridos e Esposas (Woody Allen) USA*

82. O Olho do Diabo (Ingmar Bergman) SUECO

83. Se Meu Apartamento Falasse (Billy Wilder) USA*

84. O Homem Elefante (David Lynch) USA

85. O Homem que Sabia Demais (Hitchcock) INGLATERRA*

86. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Glauber Rocha) Brasil*

87. Cabeças Cortadas (Glauber Rocha) Brasil*

88. Toda Nudez será Castigada (Arnaldo Jabor) Brasil

89. Eu te Amo (Arnaldo Jabor) Brasil*

90. Intriga Internacional (Hitchcock) INGLATERRA*

91. Marnie (Hitchcock) INGLATERRA

92. Eu Sei que Vou te Amar (Arnaldo Jabor) Brasil*

93. Rastros de Ódio (John Ford) USA

94. Em Busca do Ouro (Charles Chaplin) INGLATERRA

95. Los Angeles – Cidade Proibida (Curtis Hanson) USA

96. Guerras nas Estrelas (George Lucas) USA

97. Prisioneiro do Passado (Delmer Daves) USA

98. Uma Aventura na Martinica (Howard Hawks) USA

99. O Terceiro Homem (Carol Reed) USA

100. Uma Mente Brilhante (Ron Howard) USA

Denison Souza do Rosário

EU ME IMPRESSIONO COM O DRAMA NA TELA


É isso...eu gosto de ver um belo retrato como a de Monalisa numa tela, mas o que mais me deixa de queixo caído são as grandes pinturas que enfeitam palácios, igrejas e scuolas na Europa, ricas em personagens e planos diferentes, ângulos diversificados e uma organicidade espetacular que nos fazem sentir a unidade da obra, mesmo que não entendamos de estética. E as cores? Vivas, quentes, vibrantes...e o claro/escuro? Espetacular! Pinturas de Rubens, Tiepolo, Caravaggio, Rafael ou Tintoretto me remetem a este mundo maravilhoso do dramático na pintura...não só no barroco, mas no maneirismo e mesmo na última fase da renascença...qualquer período tem estes quadros ou afrescos imensos que embelezam as paredes de palácios, igrejas, scuolas nobres...eu me impressiono com o drama nestas pinturas...eu fico realmente arrebatado, atônito, afônico, emocionado...


Vou fazer uma confissão...me emocionei muito mais com as pinturas de Tintoretto na Scuola Grande di San Rocco, em Veneza (foto acima), do que com as pinturas de Michelângelo na Capela Sistina, no Vaticano...acho as salas de Rafael no Vaticano também muito mais emocionante...tudo é uma questão de gosto pessoal...mas, todas elas têm algo em comum...são dramáticas e ricas em movimentos e cores...

sábado, 16 de janeiro de 2010

POR QUE BEETHOVEN E MOZART SÃO INSUPERÁVEIS?

Uma coisa é certa sobre a música clássica: Beethoven e Mozart são os maiores compositores de todos os tempos, falem o que quiserem falar...os dois dominaram todos os gêneros que existiam na sua época (sinfonia, ópera, canção, música sacra, concerto, música de câmara, sonata, etc) e conseguiram escrever obras-primas em todos eles...são os mestres com mais obras-primas inscritos na História da Humanidade. Escreveram obras fabulosas para todos os instrumentos possíveis e possuem mais de 15 melodias conhecidas por todos...fato raro na História.
E a sociedade universal concorda com isso...vi uma revista de História da BBC que citava os maiores gênios em cada área do conhecimento humano. Adivinhem quem era o gênio que representava a música erudita? Beethoven, claro. Na revista tinha uma pequena matéria sobre outro grande gênio da música...adivinhem quem? Isso mesmo...Mozart. Outra coisa...nos livros sobre música erudita a atenção maior é dada a Mozart e Beethoven...nos lançamentos de Cds...Mozart e Beethoven...sempre eles dois...isso não é coincidência. Sãos os maiores!!!

Chopin foi um grande mestre da composição, mas só para um instrumento, o piano...e de preferência, sozinho, sem acompanhamento de orquestra ou qualquer outro instrumento. Vivaldi compôs muita coisa para vários instrumentos e para vários gêneros, mas nota-se que sua obra não tem muita substância! Algumas coisas merecem respeito e a grande maioria é apenas repetição de fórmula.
Schubert é um grande mestre, mas não dominou o concerto, Ravel não sabia escrever música sacra, nem conseguiria, pois era ateu convicto...Stravinsky conseguiu explorar todos os gêneros possíveis...sinfonias, música sacra, óperas, balés, concertos, música de câmara...mas, todos concordam que o forte do mestre russo era a música de massa, orquestral, dramática...seja um balé, seja uma sinfonia ou uma ópera...ele era fraco na música camerística...todos os compositores revelam uma brecha no seu corpus de criação...menos Beethoven e Mozart...
Bach era um gênio completo...mas, em sua época não existia a sinfonia de autor, também se plageava muito; fica difícil compará-lo com Mozart...e mesmo assim ele nunca escreveu uma ópera...isso ficou para Haendel. Não se sabe como soaria uma ópera de Bach. Não importa por qual motivo, mas é fato que nenhum compositor da História tenha enfrentado o desafio de dominar todos os gêneros da Música e se sair bem em todos eles...mesmo nos gêneros menores como canção ou balé, Beethoven e Mozart foram grandes...e escreveram obras espetaculares...mesmo que Schubert, mais tarde, tenha recriado o gênero, elevando a canção à altura de grande gênero ou Tchaikovski e outros russos tenham elevado o gênero balé a um nível dramático escatológico.
Brahms era impecável, sério, muito talentoso...dominou tudo...mas, já se ouviu uma ópera sequer de Brahms...? Nunca teve oportunidade de enfrentar o desafio...e só teve pique prá escrever 4 sinfonias, com muita dificuldade, e muito poucos concertos. Isso não desmerece Brahms, mas se formos ver a quantidade extraordinária de concertos e sinfonias de alto nível de Beethoven e Mozart, fica claro que é difícil ser um Beethoven ou Mozart. Wagner, na época de Brahms, pegou este legado da ópera para si...se dedicou tanto à ópera, que não escreveu praticamente mais nada...os mestres se destacam em um ou outro gênero, quando são geniais...ou no máximo, tem apenas uma de suas obras conhecidas...Wagner, portanto é o mestre das óperas, Bruckner, das sinfonias...e por aí vai...Mussorgski só é reconhecido pelo seu Quadros de Exposição...e por aí vai...e nessa...Beethoven e Mozart ficam na dianteira, não devendo prá nenhum gênero.

OS SETE DA SÉTIMA ARTE


O número 7 é um número mágico e enigmático. O cinema é conhecido como a Sétima Arte. Eu acredito que é possivel ter uma idéia geral de qualquer cineasta, apenas assistindo a sete filmes de sua produção.

No caso dos meus diretores prediletos, fiz uma seleção de suas 7 obras mais representativas:

Ingmar Bergman:
1. O SÉTIMO SELO
2. SONATA DE OUTONO
3. MORANGOS SILVESTRES
4. PERSONA
5. FANNY E ALEXANDER
6. CENAS DE UM CASAMENTO
7. GRITOS E SUSSUROS

Federico Fellini:
1. 8 E MEIO
2. A DOCE VIDA
3. AMARCORD
4. LA NAVE VA
5. LA STRADA
6. NOITES DE CABÍRIA
7. JULIETA DOS ESPÍRITOS

Stanley Kubrick:
1. Lolita
2. Laranja Mecânica
3. O Iluminado
4. De Olhos Bem Fechados
5. Spartacus
6. Dr. Fantastico
7. 2001, Uma Odisséia no Espaço


David Lean:
1. Lawrence da Arábia
2. A Ponte do Rio Kwai
3. Passagem para a Índia
4. Summertime
5. Doutor Jivago
6. Oliver Twist
7. Grandes Esperanças

Alfred Hitchcock:
1. Um Corpo que Cai
2. Psicose
3. Janela Indiscreta
4. Os Pássaros
5. Festim Diabólico
6. Intriga Internacional
7. A Sombra de uma Dúvida

Woody Allen:
1. Hanna e suas Irmãs
2. Noivo Neurótico,Noiva Nervosa
3. Manhattan
4. A Rosa Púrpura do Cairo
5. A Era do Radio
6. Crimes e Pecados
7. Tudo que voce sempre quis saber sobre sexo

Luis Buñuel:
1. Viridiana
2. O Cão Andaluz
3. O Discreto Charme da Burguesia
4. O Anjo Exterminador
5. A Bela da Tarde
6. O Fantasma da Liberdade
7. Este Obscuro Objeto do Desejo

POR QUE A MONALISA É TÃO CONHECIDA?




O quadro de pequenas dimensões de Leonardo Da Vinci intitulado La Gioconda (ou Monalisa) é a imagem mais conhecida da História da Pintura...mas, por que será?

Simples...este quadro sempre esteve no Louvre, em Paris, e era apenas mais um quadro na imensa coleção do museu francês. Isto, até o dia 21 de agosto de 1911. Na ocasião, uma segunda-feira, o museu estava fechado, assim como todos os museus do mundo. A Gioconda foi roubada.




O ladrão foi pego dois anos depois e disse que roubou o quadro por patriotismo. Era italiano, trabalhava no Louvre como pintor de parede e achava que o quadro deveria estar em seu país. A partir deste episódio a vida do quadro mudaria completamente. Não que o quadro não merecesse os olhares apaixonados de críticos e fãs de arte, mas o fato causou grande furor em torno da obra, levando a sociedade a atentar melhor para os diversos detalhes desta criação, percebida, de antemão, pelo simples pintor de parede. O ladrão percebeu que o quadro continha muitos mistérios e detalhes dignos de nota...o olhar, o sorriso, as mãos...aquele quadro, na visão dele, deveria estar em Florença ou Roma...

Mistérios e curiosidades sempre cercaram a tela, explorados de forma inteligente e lucrativa por Dan Brown em O Código Da Vinci. Por exemplo, ninguém sabia quem era aquela pessoa retratada - se dizia até que era um auto-retrato. Hoje, depois de estudos minuciosos, sabemos que se trata de Lisa Gherardini Del Giocondo, esposa de Francesco Del Giocondo. Como o nome dela era Lisa, chamamos o quadro de MonaLisa (diminutivo de Madonna Lisa) ou La Gioconda (sobrenome de Lisa).


A tecnologia tem ajudado a desvendar alguns desentendimentos. Uma equipe munida de scanners e lasers descobriram que por baixo da camada de tinta que vemos hoje, houve várias mudanças e retoques. Em uma delas, descobriu-se que Monalisa usava um coque no cabelo e um véu cobrindo a cabeça. Segundo estudiosos, tal véu era muito usado por mulheres grávidas, na Itália do séc. XVI, indicando que a personagem poderia estar esperando um herdeiro. Isso explicaria seu sorriso nebuloso e e a posição das mãos, como de alguém que protege naturalmente o ventre. Se atentarmos para o rosto de Monalisa e sua expressão ambígua perceberemos um pouco de alegria contida, uma certa expressão de nojo e uma dose de temor.


Os olhos não dispõem de linhas, não contêm contornos definidos, o que os enche de expressividade. Não possuem sobrancelhas e cílios, fato comum nas mulheres da sociedade florentina da época, mas que dá um toque a mais na expressão. . . as mãos, muito bem modeladas, foram pintadas com muita delicadeza e numa pose espetacular. Leonardo trabalhou muito bem o sorriso de Monalisa. Trabalhou com cuidado as texturas dos lábios, delineando com sabedoria e maturidade cada luz e sombra que permeia cada trecho de carne da boca. O resultado é um sorriso que existe e inexiste ao mesmo tempo, dependendo da maneira que a pessoa olha para ela. Dependendo do que a pessoa está pensando da tela no momento. Um efeito realmente estimulante e desafiador.

Leonardo foi conquistado por sua obra, pois não entregou o quadro a Francesco Giocondo, que encomendou o retrato. Ele sempre levou o quadro consigo para onde quer que fosse, até o fim de sua vida.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PARA SUA VISITA NO MUSEU DO VATICANO







Queria dar um toque para quem for visitar a Capela Sistina, no Museu do Vaticano...é que todo mundo vai lá desesperado pra ver apenas as pinturas de Michelângelo...mas...que tal atentar para uma coisa curiosa?...há numa das paredes da capela (na parede do lado direito prá quem está de costas pro Juizo Final) três afrescos - das maiores obras-primas - de Botticelli, artista italiano mais conhecido pelas pinturas que estão nos Uffizi, em Florença. Esses três afrescos (As Provações de Moisés, O Castigo dos Rebeldes e a Tentação de Cristo) merecem uma atenção especial, antes mesmo de admirar o teto pintado por Michelângelo. São das obras mais importantes do mestre Botticelli.
Quanto ao teto, além da famosa criação de adão, vale a pena atentar para a expulsão de adão e eva e o dilúvio...
Outra coisa...além da capela, vale visitar as salas de Rafael com pinturas imensas e espetaculares enchendo todo o ambiente...um espetáculo...está para Rafael, assim como a Scuola Grande di San Rocco, em Veneza, está para Tintoretto ou a Capela Scrovegni, em Pádua, para o grande mestre Giotto. Na verdade, as salas de Rafael são a Capela Sistina do jovem pintor...
Além disso, se puder ver apenas o Laocoonte (estatuária grega) já valeu a visita...
Para ver fotos - passo a passo - da visita no famoso museu, acessar minha página do FLICKr:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A MAIOR ESCOLA DE PINTURA É A ITALIANA





Artistas como Tintoretto, Ticiano, Caravaggio, Leonardo Da Vinci, Michelângelo, Correggio, Rafael, Bottichelli, Giotto, Bellini e outros...com suas cores vivas, claro-escuro, técnicas flúidas no pintar, composições bem estudadas, estudos de cadáveres...pintaram como nunca.

Esses mestres permeiam as mais importantes escolas e períodos...trecento renascentista, quatrocento, cinquecento, maneirismo, barroco...é a referência maior para os espanhóis, franceses e flamengos quando se trata de arte.


Os flamengos (pintores dos Países Baixos) vem logo em seguida, com a invenção da pintura usando tinta à óleo sobre tela, em substituição à têmpera, criando efeitos realistas incríveis nas imagens e a perspectiva linear, cujo elemento unificador é a luz, que esconde ou destaca cada mínimo detalhe...

Eu simplesmente não acreditei quando, no Museu do Prado, em Madri, me vi diante de um quadro do grande pintor italiano Ticiano...as cores, a vivacidade dos corpos e a composição...e quase cai prá trás...não consegui me manter em pé, quando vi o quadro do grande pintor flamengo Rogier van der Weyden intitulado a Deposição (foto acima), devido ao dramatismo da cena e a verossimilhança de cada detalhe que compõe a roupa dos personagens...