Powered By Blogger

CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

domingo, 23 de agosto de 2020

Queen e seus hits eternos

Albuns do Queen - o que ficou para a posteridade - by Denison Souza Esses hits abaixo é que fizeram a carreira do Queen ao longo dos anos 70, 80 e 90. É o Queen 34 Essencials Hits QUEEN 1 Apesar de ser um disco de estréia bom, recheado de músicas complexas, beirando o rock progressivo, é um disco que também tem músicas curtas e diretas, que poderiam entrar no hall de hits da banda. Mas, apenas Keep Yourself Alive, um rockão do Brian May, entrou na lista seleta de hits do Queen. QUEEN 2 Apesar de ser um disco até superior ao anterior, não deixou hit da banda para a posteridade. As músicas ficaram datadas e foram abandonadas aos poucos nos shows do Queen. Mas, o disco, por si só, é muito bom. SHEER HEART ATTACK É um disco que tem qualidade técnica e artística até superior ao anterior, fez o Queen até conquistar a America do Norte. Ficaram mais maduros e mais sintéticos em suas viagens progressivas. Ficaram dois hits inapagáveis para a posteridade: Killer Queen e Now I m Here, a primeira de Mercury e a segunda de Brian May. A NIGHT AT THE OPERA Apesar do sucesso estrondoso do album, o melhor disco do Queen, ele tem apenas três hits que perduraram: dois de Freddie Mercury, Love of my Life e Bohemian Rhapsody, e uma música do baixista John Deacon, You re My Best Friend, que fez muito sucesso na America do Norte. Brian May perdeu espaço como compositor de hits neste album importante. A DAY AT THE RACES É um disco maravilhoso, muito maduro, qualidade excepcional, foram usados muitos mais ecos e canais que os anteriores. Tem canções maravilhosas de Brian May, como White Man e Teo Torriate, que não ficaram como hits. E apenas Mercury brilha neste disco, se firmando como compositor mais importante da banda, com dois hits eternos: Good Old Fashioned Lover Boy e Somebody to Love. NEWS OF THE WORLD Está entre os cinco melhores discos da banda. Lamentável que músicas belissimas como It,"Late, de Brian May, e a balada Spread Your Wings, de John Deacon, não vingaram. Uma pena! Mesmo assim, as duas músicas que perduraram, ficaram cravadas para sempre no coração da banda: We Will Rock You, de May, e We Are The Champions, de Mercury. JAZZ Jazz é um discaço. Gosto dele tanto quanto A Night at the Opera. Não é a toa que deixou três hits também, assim como A Night. Os hits são Fat Bottomed Girls, Bicycle Race e Dont Stop Me Now. Todas as canções, sucessos absoluto. Dominam aqui Brian e Mercury. THE GAME Esse é outro disco maravilhoso, cheio de músicas incríveis. Pena que músicas muito bem feitas artisticamente e produzidas com esmero, como Play The Game, Save Me e Sail Away Sweet Sister não perduraram como hits na banda. Apenas Another One Bites The Dust e Crazy Little Thing Called Love, duas músicas mais simples e fáceis, de Deacon e Mercury, perduraram como sucessos eternos do Queen. Isso demonstra que o gosto musical dos anos 80 mudou de perfil e buscava algo mais simples, talvez por influência do que o punk mostrou para o mundo, as pessoas estavam cansadas de músicas muito prolixas e longas demais. Mas, o que importa é que a banda não podia morrer de fome e estavam sabendo se reinventar, inclusive, fazendo hits simples, mas, no mesmo disco, contendo músicas mais complexas, mas, durações longas nas músicas deixou de existir. FLASH GORDON Não deixou hit. HOT SPACE Maior fracasso do Queen, é verdade, apesar de umas boas músicas. Mas, o interessante é que o único hit desse disco não é uma música simples ou fácil. Under Pressure é uma canção - diria até - uma experiência musical entre o Queen e David Bowie, que perdura até hoje. THE WORKS A partir daqui o Queen se encontra. Faz um album equilibrado e honesto, conseguindo ampliar seus fãs, como fez com A Night at the Opera. Consegue compor belas baladas, bons rocks pesados e música complexa sem ficar chato, em plenos anos 80. A partir daqui a banda produzirá no mínimo quatro hits por disco. The Works tem quatro hits eternos do Queen: Its a Hard Life, Radio Gaga, Hammer to Fall e I Want to Break Free. Aqui, pela primeira vez, todos os integrantes conseguem escrever hits num album só, que ficariam cravadas na história da banda. A KIND OF MAGIC Este disco maduro do Queen também tem quatro sucessos eternos da banda. Parece que o Queen aprendeu a escrever bons hits que agradadou naturalmente a um leque maior de fãs. One Vision, A Kind of Magic, Friend Will Be Friends e Who Wants to Live Forever estão para sempre como hits que simbolizam a banda inglesa. Isso revela que, assim como os Beatles, o Queen soube se reinventar e, depois de experimentar de tudo, atingiu uma maturidade de fazer músicas com uma certa clareza, sem serem obras simples, como em The Game. O hits desses discos do Queen da última fase revelam um Queen antenado com seu tempo, sem trair sua identidade, como fez em Hot Space e The Game. THE MIRACLE The Miracle e Innuendo são os discos com mais hits do Queen. São cinco, no total: The Miracle, I Want at All, The Invisible Man, Scaldal e Breakthru são sucessos absolutos da banda nesse disco. INNUENDO O disco que fecha a carreira da banda é uma bela despedida, recheada de sucessos eternos: I am Going Slightly Mad, Headlong, Innuendo, Dont Try So Hard e The Show Must Go On. São cinco sucessos no total num disco só. por Denison Souza

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Melhores obras de Mozart por Denison Souza

Porque são dozes os apóstolos, as doze obras mais impressionantes estão marcadas com um ***** Orquestral: Sinfonias: * Apesar de não ser uma obra prima e nem ser madura, é uma das minhas sinfonias prediletas, com sua energia inesgotável. Symphony No. 25 in G minor, K. 183/173dB (1773) * Essas sinfonias maduras são as melhores escritas por Mozart, somente superadas pela última triade sinfônica de 1788. Symphony No. 31 in D major, "Paris", K. 297/300a (1778) Symphony No. 35 in D major, "Haffner", K. 385 (1782) Symphony No. 36 in C major, "Linz", K. 425 (1783) Symphony No. 38 in D major, "Prague", K. 504 (1786) * As três sinfonias finais (Nos. 39–41) foram concluídas em cerca de três meses em 1788. São suas obras primas absolutas no gênero, logo abaixo. Symphony No. 39 in E♭ major, K. 543 (1788) ***** Symphony No. 40 in G minor, K. 550 (1788) Symphony No. 41 in C major, "Jupiter", K. 551 (1788) Concertos: * Dos concertos para piano, considero essas cinco obras abaixo, as definitivas. Piano Concerto No. 20 in D minor, K. 466 Piano Concerto No. 21 in C major, K. 467 Piano Concerto No. 22 in E♭ major, K. 482 Piano Concerto No. 23 in A major, K. 488 ***** Piano Concerto No. 24 in C minor, K. 491 * Mozart compôs concertos para todo tipo de instrumento; depois do piano, só vejo uma verdadeira obra prima apenas em seu concerto para Clarineta (abaixo). Não consigo ver muito valor em seus outros concertos, inclusive envolvendo trompa, flauta ou violino, exceto suas sinfonias concertantes. Clarineta Concerto in A major, K. 622 (1791) *essa sinfonia concertante abaixo é uma das dez obras mozartianas que eu mais admiro. ***** Sinfonia Concertante for Violin, Viola and Orchestra in E♭ major, K. 364 (1779) Sinfonia Concertante for Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon and Orchestra in E♭ major, K. 297b Serenatas: * Mozart é famosos pelos seus concertos para piano e óperas, mas tambem pelas suas serenatas. A sua música mais conhecida é uma Serenata. Eu gosto dessas quatro. Essas duas abaixo são belíssimas. Serenade No. 7 in D major, "Haffner", K. 250/248b (1776) Serenade No. 9 in D major, "Posthorn", K. 320 (1779) * O adagio dessa serenata abaixo é uma das obras primas de Mozart na escrita para instrumentos de sopro. Considero uma das músicas mais marcantes do mestre. Serenade No. 10 for twelve winds and double bass in B♭ major, "Gran Partita", K. 361/370a (1781) * Essa serenata abaixo é simplesmente a melodia mais conhecida de Mozart. Uma obra prima madura! ***** Serenade No. 13 for string quartet and bass in G major, "Eine kleine Nachtmusik", K. 525 (1787) Cantado: Óperas: * Tenho predileção pelas óperas sérias de Mozart: Idomeneo e La Clemenza di Tito. Mas, como todo mundo, fico fascinado pela beleza de suas óperas não sérias, liastadas abaixo as que mais aprecio. Idomeneo, K. 366 (1781) Die Entführung aus dem Serail, K. 384 (1782) Le nozze di Figaro, K. 492 (1786) ***** Don Giovanni, K. 527 (1787) Così fan tutte, K. 588 (1789) Die Zauberflöte, K. 620 (1791) La clemenza di Tito, K. 621 (1791) Obra Sacra: Coronation Mass, K. 317 (1779) Missa solemnis, Missa aulica, K. 337 (1780) ***** Great Mass in C minor, K. 427 (1782–3; unfinished) Requiem Mass in D minor, K. 626 (1791; unfinished) Música de câmara: Sonatas para violino e piano: * As sonatas para violino e piano é um dos gêneros que mais gosto no mestre de Salzburgo. Mozart compôs, depois de algumas criações juvenis, vinte sonatas para violino e piano, de forma madura; a de numero 18 é belissima e a de numero 35 é uma obra prima das mais monumentais, e dessas vinte, eu gosto dessas nove abaixo. Verdadeiras obras primas de rara beleza. Violin Sonata No. 18 in G major, K. 301 (1778) Violin Sonata No. 21 in E minor, K. 304 (1778) Violin Sonata No. 25 in F major, K. 377 (1781) Violin Sonata No. 26 in B♭ major, K. 378 (1779) Violin Sonata No. 27 in G major, K. 379 (1781) Violin Sonata No. 32 in B♭ major, K. 454 (1784) Violin Sonata No. 33 in E♭ major, K. 481 (1785) ***** Violin Sonata No. 35 in A major, K. 526 (1787) Violin Sonata No. 36 in F major, K. 547 (1788) Piano Sonatas: * Nunca fui muito fã das sonatas para piano de Mozart, fã incondicional das sonatas de Beethoven que sou, mas, essas três me agradam muito. Piano Sonata No. 8 in A minor, K 310/300d (Paris 1778) Piano Sonata No. 11 in A major, K 331/300i ("alla turca" 1783) Piano Sonata No. 18 in D major, K 576 (Vienna 1789) Quartetos para cordas: * Mozart compôs os quartetos Milaneses K. 155–160 até 1773, logo em seguida, Mozart compôs os mais desenvolvidos quartetos Vienenses, depois de ouvir os quartetos de Haydn, e pára de compor em 1777. Nos anos 1780s, Mozart voltou a compor quartetos e compôs os quartetos Haydn, que se tornaram, junto com os quartetos do mestre Haydn, o pináculo do gênero até então. O de número 15 é uma obra prima que chama a atenção. O quarteto Dissonance também se destaca. Eu adoro todos eles. Depois Mozart compôs seus três quartetos Prussianos. Todos eles, sem exceção, estão aqui presente nessa lista essencial. Haydn Quartets String Quartet No. 14 in G major, "Spring", K. 387 (1782) String Quartet No. 15 in D minor, K. 421/417b (1783) String Quartet No. 16 in E♭ major, K. 428/421b (1783) String Quartet No. 17 in B♭ major, "Hunt", K. 458 (1784) String Quartet No. 18 in A major, K. 464 (1785) ***** String Quartet No. 19 in C major, "Dissonance", K. 465 (1785) String Quartet No. 20 in D major, "Hoffmeister", K. 499 (1786) Prussianos Quartets * Os últimos três quartetos de Mozart, dedicados ao rei da Prússia, Friedrich Wilhelm II, destacam-se pelo caráter cantabile das partes do violoncelo (o instrumento tocado pelo próprio rei), a doçura dos sons e o equilíbrio entre os diferentes instrumentos. String Quartet No. 21 in D major, K. 575 (1789) String Quartet No. 22 in B♭ major, K. 589 (1790) String Quartet No. 23 in F major, K. 590 (1790) Quintetos para cordas: *Os seis quintetos de Mozart, na minha opinião, é o melhor que Mozart já compôs, sem tirar nem pôr, todos formam um conjunto indissolúvel. String Quintet No. 1 in B♭ major, K. 174 (1773) String Quintet No. 2 in C minor, K. 406 (1787) String Quintet No. 3 in C major, K. 515 (1787) ***** String Quintet No. 4 in G minor, K. 516 (1787) String Quintet No. 5 in D major, K. 593 (1790) String Quintet No. 6 in E♭ major, K. 614 (1791) Piano Trios: * Os seis piano trios de Mozart não tem a seriedade dos quartetos e quintetos; foram escritos com ´piano facilitado e cello apenas como base para o violino solar. Os dois primeiros trios são muito bonitos e galantes. Nos últimos quatro piano trio Mozart deu mais de si nas composições. Gosto dos quatro últimos por isso. Piano Trio No. 3 – Trio in B♭ major for Piano, Violin and Violoncello, K. 502 (1786) Piano Trio No. 4 – Trio in E major for Piano, Violin and Violoncello, K. 542 (1788) Piano Trio No. 5 – Trio in C major for Piano, Violin and Violoncello, K. 548 (1788) Piano Trio No. 6 – Trio in G major for Piano, Violin and Violoncello, K. 564 (1788) Divertimento: * O Trio mais respeitado de Mozart não tem piano. Esse Trio abaixo é umas das dez obras mais espetaculares do mestre. ***** Divertimento para trio de cordas in E♭ major, K. 563 (1788) Outras obras de câmara: * Esse quarteto abaixo é uma das jóias para o oboé; uma obra prima de Mozart. Oboe Quartet (oboe, violin, viola, cello) in F major, K. 370 (1781) * Beethoven não tinha a capacidade de criar música excelente de câmara com sopro, apenas conseguia fazer uma boa música. Excelente era Mozart. E esse quinteto é uma das maiores obras primas usando instrumento de sopro que há. ***** Quintet for Piano and Winds (oboe, clarinet, horn, bassoon), K. 452/Anh.54 (1784) * Música para Trompa nunca soa muito séria. Mas, assim como gosto da sonata para trompa de Beethoven e gosto da de Brahms, dou valor a esse quinteto abaixo de Mozart. Não chega ao nível do quinteto com clarineta, mas, deixe ele ai. Horn Quintet (horn, violin, viola, viola, cello) in E♭, K. 407 * Os piano quartetos de Mozart abaixo são mais sérios e concertantes que seus piano trios - e só tem dois - então, são dois diamantes raros. Piano Quartet No. 1 in G minor, K. 478 Piano Quartet No. 2 in E♭ major, K. 493 * As obras de câmara e concertante de Mozart envolvendo a clarineta são sempre as melhores. E essas duas obras abaixo estão entre as jóias do repertorio mundial. Trio for Clarinet, Viola and Piano in E♭ major, "Kegelstatt", K. 498 ***** Clarinet Quintet in A major, K. 581 * Essa obra abaixo, dificil, estranha, complexa, nem parece Mozart, é a Grosse Fugue de Mozart. Maravilha das criações do mestre de Salzburgo. Adagio and Fugue in C minor, K. 546

sábado, 23 de maio de 2020

Star Wars - A Ascenção Skywalker - RESENHA por Denison Souza

Star Wars - A Ascenção Skywalker - resenha by Denison Souza 2020 Ascensão skywalker Um filme épico, de fato, grandioso! A Família Skywalker teve um final digno e grandioso como era esperado por todos os fãs da saga. O filme, de fato, é lindo e emocionante! E leva à perfeição todos os designs de filmes anteriores. O primeiro minuto do filme nos prende com surpresa. StarFighters aparecem ameaçadores em direção ao cruzado The Incinerator, da Primeira Ordem, e o planeta lendário Mustafar, planeta do Lord Sith Darth Vader, onde Kylo Ren luta com guerreiros nativos afim de conseguir a bússola para saber onde Palpatine está: um dos localizadores Sith. Logo de cara ficamos sabendo que Palpatine está de volta! Esse começo é de uma delicadeza cinematográfica notável! Depois de grande batalha em Mustafar, Kylo Ren vai ate Exegol, em regiões desconhecidas, para aniquilar Palpatine, pois não quer concorrência. Mas Palpatine o convence a ficar com ele, mostrando um poder bélico extraordinario. A maior frota que a galáxia já viu. Contanto que eliminasse os Jedi e eliminasse Rey. Kylo Ren Topa! Não preciso dizer que ter Palpatine como vilão é muito mais gratificante do que o fantoche dele: Snoke! Depois dessa cena, o filme parte para a Millenium Falcon. R2D2 está com Poe e Finn na Falcon. Numa cena de fuga, Poe faz manobras inéditas com a velha nave, entrando na velocidade da luz várias vezes seguidas, manobra que Poe chama de salto múltiplo. Essa manobra é algo novo em Star Wars e deixa as manobras do passado parecerem algo muito mais simples. Logo em seguida vemos Rey treinando com Leia numa floresta sossegada, onde fica a nova base da Resistência: o planeta Ajan Kloss. Esse início do filme é uma entrada monumental de cada personagem principal. E, em todo momento, no filme, Kylo Ren entra em contato com sua diade: Rey. Nesse filme nos é apresentado a novidade de que eles formam uma díade poderosa. A resistência fica sabendo que Palpatine está de volta e escondido. Os três, Poe, Finn e Rey se reencontram e ficam juntos na missão de conseguir o localizador Sith. Aliás, em Rise, a aventura une Rey, Finn e Poe como em nenhum outro filme. O interessante é que, pela primeira vez, vemos um Jedi consultando, nos filmes, escrituras Jedi. Rey pesquisa nas escrituras Rammahgon e Aionomicum, que são livros sagrados que estavam perdidos há anos e foram encontrados por Luke Skywalker em suas expedições pelas ruinas de Ossus. Inclusive com ilustrações do próprio Mestre Luke. Esses elementos novos, reforçam a ligação entre Rey e os Jedi. Rey iria sozinha procurar o localizador Sith, no planeta deserto de Pasaana, mas Poe e Finn não deixam ela ir só. Finn chama Rose também, mas, Rose não pode ir, pois a General Leia deu uma missão local para ela: Estudar os Destroiers antigos para deter a frota, quando houver um ataque. A primeira emoção do filme começa aqui. C3PO vai com eles e se despede do amigo R2D2 dizendo que ele é seu maior amigo. E Rey se despede de Leia como se não fosse retornar. O filme explode em emoção e lágrimas. É uma despedida da saga Skywalker, afinal de contas. A trilha sonora nunca esteve mais espetacular. É o melhor disco da saga. No deserto do planeta Pasaana, O povo Aki-Aki comemoram o Festival dos antepassados e Rey se emociona com as crianças Aki-Aki, sobretudo Gustyin Tatam e Kazza-Ki-Sagree. Essa festa é o momento "Cantina" do filme, que sempre tem em todos os filmes, onde vários figurantes espetaculares são mostrados no mesmo lugar, figuras estranhas e dançarinas. Depois do momento "cantina" ter sido elaborado dentro de um cassino luxuoso, em Canto Bight, no filme Last Jedi, achei que a idéia do festival foi simplesmente genial. O filme não tem espaço para historinhas de amor e amizades profundas. Poe, Finn e Rey permanecem mais juntos no capítulo final desta saga. O romance sobrenatural entre Rey e Kylo Ren é simplesmente espetacular e unico. Nunca visto antes em Star Wars. Neste lugar os heróis descobrem que os stormtrooppers agora podem voar! Lando Calrissian reaparece como amigo e herói para ajudar os novos mocinhos. A presença espirituosa e humorada de Lando é simplesmente fantástica e um eficiente fanservice. Ele está mais espontâneo e alegre que Han Solo nessa nova trilogia. Perceba a beleza do design do capacete de Lando, antes de revelar seu rosto. Incrível! Essa aventura no deserto, inclusive, é a aventura mais longa do filme, mesmo a batalha final é menor, entretanto, o final é mais espetacular, como tinha de ser. Tem algo que me chama muita atenção aqui: Nesse deserto, onde eles encontram a lâmina que decifra o local secreto dos Sith, aparece uma serpente enorme. Ao contrário de outros Jedi que, estando na frente de um monstro não pensavam duas vezes, matavam imediatamente, Rey prova que é maior que todos os Jedi; ela cura a ferida da serpente e conquista o monstro. Isso revela a sua superioridade. Em seguida, descobrindo que só irão conseguir decifrar a lâmina se o droide C3PO puder se tornar um droide Sith por um momento, eles partem atrás de Babu Frik no planeta Kijimi, um planeta cheio de piratas e traficantes de especiarias, que vive em repressão da Primeira Ordem. Eu confesso que quando vi C3PO com os olhos vermelhos e falando com voz malvada, eu pensei: essa figura de ação de C3PO com os olhos vernelhos e falando Sith seria uma raridade que eu deveria ir atrás, quando surgir. Essa figura de ação eu quero! Francamente, George Lucas nunca teria pensado em algo tão espetacular e maravilhoso. Eu amei isso no filme, já que em Rogue One temos um droide do Império reprogramado para ajudar a Aliança Rebelde. Mas um dróide Sith, que sacada genial! George Lucas ajudou em alguns palpites neste filme, mas com certeza não envolveu C3PO. Nesse planeta, Poe reencontra uma amiga do passado: Zorii Bliss! Ela tem um visual meio mandaloriano, mais afilado e simplesmente impressionante! Adorei esse design e figurino, que supera, e muito, os cavaleiros jóqueis dos Fathiers de Canto Bight, em Last Jedi. Não tem nada que eu não goste nesse filme, amei Babu Frik, todas as armas, amei Zorii Bliss e as tecnologias desenvolvidas. Tem uma cena que me chamou a atenção: Rey sobe na nave de Kylon Ren e Kylo desce no planeta onde Rey estava. Eles lutam a distância, ela nos aposentos dele e ele embaixo no planeta dos piratas e traficantes de especiarias. Essa luta foi a mais impressionante e sobrenatural que já houve! Igualando a luta de Luke com Kylo Ren em The Last Jedi. Prova de que os criadores de Star Wars estão a toda prova, superando tudo que já foi feito no passado. Uma cena emocionante é quando Leia reflete sobre as perdas recentes de pessoas queridas, olhando para a medalha de honra de Han Solo, antes de vir a falecer. Em termos de tecnologia, no filme Rise, as novidades são mais que em Force Awaken e Last Jedi; o que mais me chamou a atenção foram as novas naves da resistência: A Wing (essa é nova!), e as X Wings verdes camufladas, de nome T-70 X Wing (a melhor X Wing já criada, belissima, eu queria tanto uma miniatura). Os Speeders dos stormstroopers nunca esteve tão elaborados. O Tie Dagger, que aparece neste filme, é o Tie mais lindo e sintético que já foi criado na saga. Os Skimmers de Pasaana onde os heróis fogem no deserto, as mochilas que fazem os storms voarem, tudo é novidade tecnológica. As Naves Ochi é uma novidade surpreendente. É aquela nave que Rey e Kylo ficam disputando com a Força, onde Rey acha que Chewie estava quando explode! O design dessa nave demonstra que os criadores da Lucasfilm nunca exageram em suas criações, sempre primam pelo equilibrio e minimalismo. No Planeta dos traficantes de especiarias surge uma inovação tecnológica incrível: o Andador UA-TT. Simplesmente esses novos obscurecem os antigos Andadores de outros filmes e até mesmo o que apárece na serie Mandalorian, tão amado pelos fãs da Saga. Tem os Sith Star Destroyers, que explodem planetas, formando uma frota de estrelas da morte. Tem também os speeders para navegar nos oceanos da Lua de Endor, chamados de Sea Skiff, que Rey usa para ir até a ruina da segunda estrela da morte, que são desengonçados e nos faz lembrar dos speeders em frangalhos da última batalha no planeta Crait, de The Last Jedi, planeta onde a neve cobre um sal vermelho, lembra? Em termos de dróides, além do tradicional R2D2 (única testemunha do momento exato da morte de Leia) e C3PO, temos o já conhecido BB8. A novidade em termos de dróide é D-O, um dróide tão simples e minimalista quanto BB8. Só tem dois módulos como BBB8 e é ainda menor que BB8. Nesse filme os simbolos Sith são humilhados e derrubados, pouco a pouco. A reliquia do Lord Sith, sua mascara carbonizada, é jogada no chão, sem respeito, o eterno culto Sith de Palpatine e sua frota são destruidos e ele aniquilado pelos seus próprios raios, Kylo Ren larga a máscara, joga fora seu sabre de luz no oceano e deixa de ser Sith. A Primeira Ordem está repaginada. Kylo Ren ainda está como Lider Supremo, mas General Hux vai perdendo espaço na trilogia, com o aparecimento do General Pryde, que mata Hux! General Pryde é o melhor oficial da Trilogia, no estilo Tarkin, é mais sério e decide rápido, sendo totalmente dedicado à Palpatine, assim como o Grande Tarkin. Coisas marcantes deste último filme da Saga Skywalker: Ver Kylo Ren caminhando com seu séquito atrás, os cavaleiros de Ren, simplesmente é impagável. Kylo Ren reconstroi sua mascara. Passa a caminhar mais com seus cavaleiros. Os cavaleiros de Ren. Rey e Kylo Ren estão mais poderosos do que nunca, superando outros Jedi e Sith da saga. Mas a evolução vai além dos poderes. Seus questionamentos pessoais, suas perspectivas de vida e sua ligação com a Força estão mais sólidas, o roteiro foi escrito com bastante cuidado, fazendo com que o desfecho de ambos os personagens, acabem por criar novas lendas. No filme, temos o grande questionamento sobre quem é Rey, o que ela representa, seria ela uma nova esperança para a galáxia, ou quem sabe uma nova ameaça fantasma? Inclusive amei ter visto Rey de Sith. Ficou linda! Mas também temos o questionamento de Ben Solo. O tempo todo não sabemos se eles vão para um lado ou para o outro. Essa ameaça sobre Rey e Kylo Ren está sempre presente, nesse capitulo, mais ainda em Rey. Ao contrário de Luke, ela se mostra dividida até o último momento. Sempre temos dúvidas se ela vai ceder. No final, uma enchente de fanservice, Leia jovem lutando com Luke (chorei nessa cena), Rey usando a T-65 X wing de Luke (tenho a miniatura), Han Solo retornando para perdoar o filho, fazendo uma piada com o velho: "Eu sei", o retorno de várias vozes de personagens antigos, tudo era pura emoção. Há pouca participação de Leia neste último capítulo, mesmo assim fica claro que o arco de Leia em toda trilogia Disney foi mais digno e honroso que o de Luke; Leia não deixou, nem por um momento, de lutar pela volta da República na Galáxia. Enquanto seu irmão se isolou, abandonando a causa. Antes da batalha final, os nossos heróis, juntos de novo, vão até as luas de Endor, área da galáxia tão conhecida dos antigos fãs, onde houve a célebre batalha de Endor, onde a segunda Estrela da Morte havia sido destruida, Palpatine derrotado e Darth Vader morto, quando a Aliança Rebelde venceu e restaurou a Republica criando a Nova Republica. As ruina da segunda estrela da morte estava lá, no meio do oceano, mais precisamente na Lua Kef Bir, uma lua de oceanos de Endor. As emoções dentro da ruina são indescritiveis para os fãs da saga. Aquele ambiente conhecido, com a música de Darth Vader! Nesta lua oceânica especial surge a personagem que mais amei deste filme: Jannah, uma ex stormtrooper, que fez um par mais equilibrado para Finn do que Rose Tico. Os Orbaks, que são cavalos com chifres de Jannah e seus conterrâneos, são os mais maravilhosos que já foram usados como transporte animal. Simplesmente amei a ideia de fantasiar cavalos de verdade. Ficou emocionante. O oficial da Primeira Ordem, Comandante Trach, quando vê eles usando cavalos (Orbaks) fala impressionado: "Eles não estão usando speeders", o que impede Pryde de pará-los. Simplesmente emocionante! Lindo ver Jannah com aquele cabelo black imenso em cima de seu cavalo. A arma de Jannah é um arco e flecha. Espetacular, não? Isso é Star Wars. No final do filme, a ultima batalha se dá na distante Exegol. Inclusive é a primeira vez que um planeta é mostrado no começo e no final de um filme star wars com cenas importantes. Ai vemos os Sith Troopers vermelhos, simbolos maiores de Rise of Skywalker, com seu design perfeito, sintetizando os designs dos clássicos troopers e dos novos troopers. Sidon Ithano está de volta neste filme. Até os Ewoks. Rey não mata Palpatine. Ela usa os dois sabres de luz de Leia e Luke, formando um escudo em X para fazer retornar os raios do bruxo contra ele mesmo. O beijo entre Rey e Ben Solo sacramenta a união benéfica dos dois. O corpo de Ben Solo desaparece como o corpo de Obi Wan e Luke, revelando que morreu como um Jedi. Na última cena do filme, Rey visita o planeta de Luke e se assume da linhagem Skywalker, num final leve e delicioso! Enfim, todo o figurino leva nota 10, os cenários nota 10, as criaturas e dróids levam 10, os Sets levam 10, os veículos, as naves, os planetas, a história, as piadas, tudo 10. Esperei mais de 40 anos para esse desfecho. Sinto-me realizado! Denison Souza 2020

quarta-feira, 15 de abril de 2020

FINALMENTE VI O ÚLTIMO FILME DE FELLINI - POR DENISON SOUZA

Ontem, finalmente, vi o ultimo filme do Fellini. O último filme que faltava ver dele e o último filme da carreira dele: A VOZ DA LUA. Quem ouve a voz da lua? os loucos, claro! Os criativos! É um filme de 1990. E muito mais doido que Satyricon ou Casanova, mas, em um mundo conturbado, com tanta coisa séria e desagradável, que vivemos, é sempre bom termos uma trégua com um filme de Fellini, sempre fantástico e poético. A licença poética neste filme foi longe até demais. Aprisionam a Lua num depósito. Se antes Fellini tratava de pessoas normais, neste filme ele trata de pessoas saidas do manicômio, imagine a loucura! A narrativa é altamente desconexa. Eu achei um filme essencial de Fellini: A Voz da Lua. A Doce Vida continua sendo seu filme mais impressionante, para mim. E o mais icônico! 8 e meio continua sendo seu segundo melhor filme, para mim. Eu elegi La Nave Va seu terceiro melhor filme. Depois, um clássico essencial, Amarcord! Em seguida vem Ensaio de Orquestra. Depois, em ordem de preferência, do melhor pro que menos gosto: Noites de Cabiria e Julieta dos Espiritos (esses dois filmes são os melhores com sua esposa como atriz), depois vem Satyricon, Casanova, Abismo de um Sonho, A Trapaça, A Voz da Lua e Cidade das Mulheres. Sim, é isso mesmo, achei A Voz da Lua superior a Cidade das Mulheres. Não é um dos dez melhores filmes de Fellini. Mas fica em 12o lugar! Sim, achei A Voz da Lua melhor que filmes que gosto menos do mestre italiano, como, por exemplo, Bocaccio, La Strada, Os Boa Vidas, Os Palhaços, Roma de Fellini, Ginger e Fred, Mulheres e Luzes, Amores na Cidade, Entrevista e Historias Extraordinárias. DENISON SOUZA

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

MELHORES DISCOS DO SUPERTRAMP

SUPERTRAMP Formado na Inglaterra, no ano de 1969 pelo pianista e vocalista Rick Davies, o Supertramp conquistou o mundo na década de 70 com um pop progressivo de alta qualidade (todo disco deles contém uma obra prima progressiva não pop) embalado por grandes clássicos que até hoje tocam nas rádios, e com uma das formações mais emblemáticas do mundo da música. Vejamos seus maiores quatro albuns na ordem de lançamento: Crime of the Century (1974) Para muitos fãs tradicionais, este é o melhor album da banda, mas na verdade, esse é apenas o quarto melhor disco da banda. Depois de um começo muito progressivo, com dois albuns anteriores sem sucessos evidentes, a partir daqui, os britânicos Supertramp encontram a fórmula do sucesso, e conseguem misturar sua linguagem progressiva com o pop, passando a ter a mais importante característica do grupo: a divisão dos vocais. Destaque para a leve “Asylum”, com a presença do piano elétrico em evidência, o jazz “Bloody Well Right”, Hodgson emociona através de “Hide in Your Shell”, tem “If Everyone Is Listening”, o clássico “School”, faixa que abre o disco de forma estonteante e brilhante mesmo, através de um riff de harmônica que talvez seja o mais conhecido desse instrumento, e que rapidamente tornou-se essencial em todos os shows da banda a partir de então. E deixou para a história musical o primeiro grande sucesso do grupo, “Dreamer” e a sensacional “Rudy”, que é a Obra Prima Progressiva não pop do álbum, com Davies fazendo misérias ao piano, Helliweel dando uma contribuição incrível com o saxofone, Hodgson estraçalhando com a guitarra e um duelo vocal Hodgson/Davies de tirar o fôlego. Even in the Quietest Moments … (1977) O album é todo bom, é o terceiro melhor da banda, um espetáculo de obra prima da Humanidade! Mas, por incrível que pareça, o ápice do LP vai para seu lado B, o melhor lado B de todos os tempos, começando por “Babaji”, emotiva canção cantada por Hodgson e com Helliwell marcando presença em seu solo de sax. Depois, temos “From Now On”, super balada comandada por Davies ao piano e voz, com um encerramento em crescendo fascinante, e o saxofone de Helliwell novamente sendo grande atração. Por fim, a melhor canção dos britânicos Supertramp, de todos os tempos, a mini-suíte “Fool’s Overture”, a obra prima progressiva não pop do disco, uma faixa espetacular, onde o quinteto faz valer sua criatividade de composição, entregando algo complexo, admirável, inesquecível e responsável por fazer com que muitos críticos e jornalistas classificassem a banda como progressiva, já que ela realmente é uma Obra Prima Progressiva. Nela ouvimos o mesmo trecho da fala de Churchill, que ouvimos no album Powerslave do Iron Maiden nos anos 80. A importância de “Fool’s Overture” é tamanha para o álbum que a capa de Even in the Quietest Moments … destaca um Grand Piano na neve, com a partitura da canção. O disco foi o primeiro LP do grupo a conquistar ouro na América e foi primeiro em vendas na Alemanha e Canadá, ampliando o nome do grupo por toda a Europa e America. Breakfast in America (1979) Aqui finalmente o Supertramp entra no Hall das Grandes Bandas de Todos os Tempos, e se entrega ao mundo Pop, consolidando o som próprio da banda. Platina quádrupla nos Estados Unidos, é até hoje o álbum mais bem sucedido da banda, tendo vendido mais de 20 milhões de cópias. Só as clássicas “Goodbye Stranger”, “Take the Long Way Home”, “The Logical Song”, e a faixa-título já fazem o álbum merecer os grandes números que atingiu, pois se tornaram singles de muito sucesso. Escondida nos sulcos de um disco praticamente perfeito, a obra-prima “Child of Vision” é a última faixa e, como acontece no disco anterior, é uma perfeita faixa progressiva não pop, disparada a melhor música do LP, cantada por Hodgson e Davies e com um longo trecho instrumental onde o solo de piano de Davies é de se aplaudir em pé. O sax se torna um instrumento mais marcante na banda e a Asia é completamente conquistada. …Famous Last Words… (1982) Marca a última participação de Hodgson. Musicalmente, é o melhor disco da banda, não em termos de venda. O disco é o mais satisfatório e perfeito do Supertramp. Um disco rico de músicas longas de mais de seis minutos. Davies força o retorno do progressivo no som da banda, depois de uma fase pop que funcionou. “Crazy” abre os trabalhos com a entrada mais segura da banda em todos os discos, uma interpretação magistral de Hodgson nos vocais. Fenomenal. Ele também emociona com sua voz, acompanhado apenas do violão de 12 cordas, nas belas “C’est le Bon” e “Know Who You Are”. Acima de todas, a melhor faixa do álbum, e uma das melhores do grupo, a estonteante pancada “Don’t Leave Me Now”, indescritível com palavras, e que em 6:35 minutos, faz estátuas chorarem de tristeza, tamanha dramaticidade vocal e crescendo musical criado pela banda, solos lindos de guitarra que não perdem em nada para David Gilmour (que sola no proximo album da banda) e a harmônica servindo como um símbolo triste da despedida de Hodgson. É a última faixa e a obra prima progressiva não pop do album. O piano Wurlitzer e a harmônica são as atrações da quase gospel “Put On Your Old Brown Shoes”, cantada por Davies, que também é responsável pela suave “Bonnie”, ao piano, que é a sua balada mais bela e bem construida, com um trecho instrumental no miolo bem marcante e impressionantemente lindo, chega dói, e, pasmem! tem outra obra progressiva não pop no album, o progressivo “Waiting So Long”, outra bela faixa, que sofre uma mudança de ritmo surpreendente ao longo de seus quase sete minutos (e que solo de guitarra feito por Hodgson!) e, pra aliviar um disco tão progressivo, uma faixa que é pop puro, a história de amor de “It’s Raining Again“, a faixa mais pop do Supertramp, comanda pelo saxofone, e que fez a banda fazer sucesso aqui no Brasil. Brother Where You Bound (1985) Com a saída de Hodgson, o Supertramp crava o pé na estrada progressiva que era o desejo de Davies, e criam um disco excelente, apesar de muitos ainda torcerem o nariz para Brother Where You Bound até hoje. O album chega a ser o quinto melhor da banda, depois, de Crime of the Century e Davies é o nome do disco. A sinistra “No Inbetween”, com boa presença do saxofone, e a linda “Ever Open Door”, cuja interpretação vocal e técnica ao piano são de emocionar, são alguns de seus melhores trabalhos em toda a carreira. Para quem busca lembranças de Breakfast in America, aconselho ouvir direto “Still In Love”, essencialmente pelas vocalizações e o saxofone. Temos apenas uma música pop que virou hit, “Cannonball”, faixa dançante, misturando elementos de jazz e pop. O grande destaque fica para a participação de David Gilmour, fazendo os solos da sensacional faixa-título e ainda hoje, é a minha obra prima progressiva não pop favorita da banda, sendo com certeza a melhor canção do Supertramp pós-Hodgson. A faixa havia sido composta na época de … Famous Last Words …, com dez minutos de duração, mas acabou sendo abortada, em virtude de Hodgson querer afastar-se das tendências progressivas. Foi reconstruída três anos depois, baseada no livro 1984 (George Orwell) e retratando a crise da Guerra Fria, e com mais de dezesseis minutos de duração (a maior faixa da banda) ocupa boa parte do lado B. A participação de Gilmour é brilhante! O guitarrista Scott Gorham (Thin Lizzy) é o responsável pela guitarra base nessa suíte, que por si só já vale a aquisição de Brother Where You Bound. Depois deste disco, veio Free As A Bird [1987], um album fraco, porque tenta grudar na tendencia eletrônica e inclui muita percussão. Não ficou bom pra banda. Some Things Never Change [1997] é um album que a banda consegue seguir bem sem Hodgson e retornar às suas origens como banda pop progressiva, no estilo anos 80, mas, sem conseguir mais os hits maravilhosos dos 80. E a época também já era outra. O som do Supertramp já não combinava com o mercado. E Slow Motion [2002] tenta ser saudosista, resgatando, pior ainda, os anos 70, o que não funcionou. Mas são dois discos bons para fãs tradicionais.

RESENHA CIDADÃO KANE POR DENISON SOUZA

Por que este filme é tão valorizado? Primeiro, a trilha sonora do iniciante Bernard Herrmann é encaixadissima e revolucionária. Hermann depois viria a ficar famoso por fazer as trilhas sonoras do Alfred Hithcock, como Um Corpo que Cai e o célebre Psicose. Os primeiros minutos do filme é uma obra prima primorosa dentro de outra obra prima maior, onde a trilha sonora é anexada as imagens de uma forma nunca antes vista no cinema. O fato de Orson Welles estar com pouco mais de 20 anos e produzir, escrever o roteiro, atuar como ator principal e dirigir o filme, já revela uma genialidade por trás disso. E, pior, é o filme de estréia do diretor, que usou atores de teatro, desconhecidos da telona. O filme ser visto hoje pelos maiores e mais importantes críticos de cinema como o maior já feito, diz algo profundo. A fotografia é genial. Acho que é a parte mais revolucionária, além da narrativa não linear, nunca antes usada no cinema. So ganhou o oscar de melhor roteiro original, mas teve 9 indicações ao Oscar. Você ouviu bem??? o diretor tinha pouco mais de 20 anos e recebeu nove, eu disse noveeeee indicações nas categorias: filme, diretor, ator, direção de arte, fotografia, trilha-sonora, roteiro, som e montagem. Realmente isso é demais! Um dos filmes mais comentados de todos os tempos. É considerado umas das obras primas do cinema. Foi arrecadado pelo filme, míseros 839 mil dolares, enquanto foram gastos mais de um milhão, em 1941, para fazê-lo. Cidadão Kane é um filme com características de épico, e estava pelo menos 30 anos a frente do seu tempo em todos os aspectos! Quer que eu repita????? EM TODOS OS ASPECTOS! Vamos começar pela espetacular fotografia de Gregg Toland, que para mim é uma das top 5 melhores fotografia do cinema, todos os ângulos de câmera, as metáforas, a edição de Robert Wise, os planos fechados, o uso da luz natural e artificial, as montagens de cenários são algo inexplicáveis, não tem palavras que explique aquilo, o roteiro, que ganhou o oscar, de fato, é ótimo, usando flashbacks (algo novo na época) e ainda sem efeitos pra mostrar que era flasbeck e a linha do tempo a seu favor, tudo explorado de maneira magnifica, a trilha sonora é precisa, e as atuações são muito boas, principalmente a de Orson Welles que faz um trabalho magnifico, como diretor e ator, vale uma referencia as cenas “Pós credito” que explica que todos os atores são novatos, legal falar também que o nome do diretor de fotografia Gregg Toland é creditado ao lado de Orson, isso também é inovador. Nenhum filme, depois dos créditos tinha imagens; isso virou mania agora nos filmes, mostrar cenas deletadas ou cenas complementativas, depois dos créditos. Cidadão Kane marcou a historia do cinema como conhecemos hoje e para quem for ver o filme hoje notará que a maioria das “coisas” são muito comuns hoje em dia e não entendera porque o filme é tão prestigiado, mas lembre-se que Cidadão Kane Inventou esse monte de “coisas”. No roteiro, é relatado que a mudança na vida pacata de Foster Kane ocorre subitamente, quando sua mãe recebe como pagamento de um pensionista as escrituras de uma mina supostamente sem valor. Mas o fato era que a mina estava cheia de ouro e isso rende à família uma fortuna incalculável. Na verdade, Charles Foster Kane é uma criança que tem uma relação fértil com seus pais, sente livre e se diverte com seu velho trenó. Um dia, uma das maiores autoridades de Wall Street, Walter Parks Thatcher, visita Mary Kane, mãe do garoto, para tratar de sua pensão, que seria a mina Colorado. A firma de Thatcher foi contratada pela sra. Kane para também cuidar da recente fortuna de Charles. O jovem acabou tendo a sexta maior fortuna do mundo e foi criado por Walter. Kane, então, é tirado do convívio de seus pais e levado para ser educado por um grupo de empresários, que o moldam para a vida pública dos magnatas do poder. Cedo Kane compra um modesto jornal e passa a se tornar um jornalista implacável e impetuoso. Sua vida se torna recheada de jogos de interesse, luxo e fama. Em sua velhice, Kane manda construir para si uma enorme e esplendorosa mansão, batizada de Xanadu, em homenagem à mítica cidade asiática, conhecida por seus poetas como a capital do prazer. Em toda sua vida recheada de luxo, Kane é vazio, incompleto, porque ele perdeu sua vida. Ele lota sua vida material de coleções nostálgicas, sua mansão é um museu de seus desejos não realizados porque ele é vazio, e no fim tudo se perde. É lá que, isolado de tudo e de todos, morre, deixando para os personagens do filme o enigma de sua última palavra: Rosebud. Ao final, Thompson, após a exaustiva investigação da vida de Kane através de entrevistas, se vê incapaz de descobrir o significado da palavra. Muita gente acha que o significado é apenas a marca de um trenó, mas, ha algo mais profundo nisso tudo, em termos literais, “Rosebud” se traduz em portugues assim: “Botão de Rosa”, e é uma referência poética clara ao órgão genital feminino do prazer: o clitóris. A anatomia da genitália feminina é freqüentemente associada à forma de um botão de rosa pelos poetas. Assim, “Rosebud” simboliza aquilo que há de mais íntimo, de mais misterioso, mais escondido, mais particular, mais encoberto. Neste sentido, o autor Orson Welles reservou a palavra “Rosebud” para associar poeticamente àquilo que o personagem possuía de mais íntimo, de mais particular. “Rosebud” era o seu lugarzinho especial de prazer, onde só ele podia tocar, era seu refúgio particular onde ninguém, em toda sua vida conturbada, tinha acesso. Portanto, quando Welles coloca a analogia “Rosebud” elegantemente em uma tela de cinema, em 1941, só por isso já é possível ter uma idéia da grandeza literária de sua obra. Em Cidadão Kane, deste modo, Welles faz com que o espectador seja o grande privilegiado, porque só este descobre o verdadeiro sentido da vida de Kane, enquanto ninguém na trama jamais descobrirá. Isso também significa que é preciso estar fora da história para compreendê-la por completo. A vida só ganha sentido após a morte, mas não para os participantes da história, mas para o espectador, que é também o único a ser totalmente excluído da trama, e é por isso que ele está privilegiado. Aliás, quando o espectador assiste ao filme pela primeira vez ele ainda está participando da trama, em seu papel de espectador. Porém, o mistério só é revelado no final, quando a trama acaba, e o espectador só ganha o conhecimento quando o filme também já está consumado, junto com o personagem e seu segredo. Desse modo, o próprio filme, assim como o sentido da vida, só é revelado e só pode ser compreendido e refletido quando se está consumado. O roteiro é muito bom, que Welles escreveu com a ajuda de um jornalista chamado Herman J. Mankiewicz, sendo que a fotografia é muito revolucionária. Os planos, a forma de filmar, os ângulos, a luz, as vezes natural, as vezes artificial. Os sets de filmagem, os ambientes também são revolucionários, basta lembrarmos do ambiente imenso onde Kane faz comicios. Tudo é novo nesse filme. Tudo é experimental! Também na cena onde Kane aperta a mão de Hitler, os efeitos especiais se mostram muito além de seu tempo, imitado em Zelig por Woody Allen e em Forrest Gump por Robert Zemeckis. A edição do filme foi feita pelo iniciante Robert Wise, que depois dirigiria grandes filmes como Amor Sublime Amor e A Noviça Rebelde. Era uma equipe, de fato, fascinante. E que ninguém conhecia. Tudo isso faz de Kane um filme especial! Além do mais este filme trouxe reflexões e questionamentos que serão eternamente atuais e cuja qualidade técnica revolucionou e avançou o cinema proporcionando ou ao menos influenciando outras grandes obras, como por exemplo "E o Vento Levou". Além de toda inovação de roteiro e filmografia para o cinema, esse filme acima de tudo trata de uma busca interior de um estereótipo de homem que a sociedade normalmente vê como alguém que já tem tudo e é feliz, quando na verdade somos levados aos poucos a conhecer o que realmente foi ser feliz para ele, o que realmente faltou em sua vida... O filme estabelece o tom dele em apenas um minuto, desde o primeiro segundo de Cidadão Kane você tem a certa ideia que não é mais um filme. Assim que um monologo sobre quem foi Charles Foster Kane se conclui, a história se impõe por si e é levada com tanto preciosismo e dedicação do jornalista, que tem a missão de descobrir o que é "Rosebud", Edmund Cobb tem a importante missão de juntar as peças do quebra cabeças que é a história do homem mais importante daquele tempo. E assim temos um filme grandioso que chega naturalmente à perfeição. Com personagens marcantes e diálogos inesquecíveis. A trilha sonora é quase um personagem, a fotografia é essencial para a trama, pois a todo momento é necessária para a imersão e empatia com o Charles Kane; a direção também é genial, ela eleva os próprios níveis e sempre faz o publico sentir a necessidade de saber o que vai acontecer, mesmo sabendo que o personagem já morreu , pois o suspense muda de foco e passa ser descobrir quem ou o que é "Rosebud".

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Arte Contemporânea hoje

O que chamavamos de arte moderna, na verdade, era a arte produzida na primeira metade do seculo XX antes da segunda grande guerra (vários movimentos, com destaque para oito deles). Depois da segunda guerra mundial, passamos a chamar a arte de pós moderna, por falta de um titulo mais conveniente. Nos anos 70 o que se chamava de Arte Contemporânea, na verdade, era a Arte produzida do pós guerra ate os anos que se viviam naquele tempo. Contempórâneo eh qualquer tempo presente. O Renascimento já foi Arte contemporânea, no tempo de Leonardo da Vinci. Hoje em dia Arte Contemporânea vai da queda do muro de Berlim nos anos 90 até os nossos dias! Eh uma arte globalizada, voltada para a comunicação. A midia que antes era na tela, agora foge pro video, pra qualquer outra plataforma, inclusive parede de rua, o próprio corpo humano, um muro, areia de praia, em qualquer midia ou plataforma se faz arte. Essa Arte desconsidera a Industrialização e absorve o virtual, a internet e a informática. O que importa aqui é o processo artístico e não tanto o objeto. A idéia estando acima da imagem! Vivemos no seculo XX a era do preto ou branco. Agora vivemos a era dos 50 tons de cinza na Arte, na politica, em tudo! Mas quais sâo os movimentos da Arte atual dos anos 90 até aqui, mesmo que sua origem remote aos anos 50 e 60? Street Art, Land Art, Body Art, Arte Povera, Arte Cinética, Minimalismo, Hiperrealismo, Action Painting, Performance Artistica.